Primeiro-ministro garante que não soube nada nem pelo então ministro da Defesa, Azeredo Lopes, nem por qualquer outra pessoa.
O primeiro-ministro, António Costa, já respondeu às perguntas do juiz de instrução Carlos Alexandre sobre o processo de Tancos, num depoimento escrito entregue esta quarta-feira no tribunal a que a Lusa teve acesso.
Carlos Alexandre quis saber se o primeiro-ministro falou com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ou com algum elemento da Casa Militar da Presidência sobre a investigação ao furto de Tancos.
O depoimento escrito de 50 páginas tem data de terça-feira e com carimbo de entrada no Tribunal Central de Instrução Criminal datado de hoje.
Num questionário de 100 perguntas enviadas a António Costa, arrolado como testemunha do caso de Tancos pelo seu ex-ministro da Defesa e arguido Azeredo Lopes, o juiz perguntou ao primeiro-ministro quando e através de quem teve conhecimento do assalto e questiona-o se o assalto aos Paióis Nacionais de Tancos (PNT) foi tema de conversa com o Presidente da Republicam, Marcelo Rebelo de Sousa.
Costa critica "versões parciais" sobre o seu depoimento
O primeiro-ministro entendeu hoje proceder à divulgação pública integral das suas respostas às questões colocadas pelo juiz Carlos Alexandre, no âmbito do processo de Tancos, depois de terem sido "postas a circular versões parciais do depoimento".
"Tendo sido postas a circular versões parciais do depoimento do primeiro-ministro como testemunha arrolada pelo professor doutor José Alberto Azeredo Lopes no chamado ?Caso de Tancos', entendeu o primeiro-ministro dever proceder à divulgação pública integral das respostas a todas as questões que lhe foram colocadas e que constam do depoimento já entregue ao Tribunal Central de Instrução Criminal, às 16h22 horas, do dia 4 de fevereiro de 2020", lê-se numa nota divulgada pelo gabinete do líder do executivo.
O primeiro-ministro já respondeu por escrito, como testemunha, às perguntas formuladas pelo juiz Carlos Alexandre no âmbito do processo do furto de armas na base de Tancos.
Num despacho com 50 páginas que pode ler aqui, nas respostas às 100 perguntas, António Costa garantiu que não soube da encenação do achamento das armas de Tancos, nem pelo seu ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes nem por qualquer outra pessoa.
Como testemunha arrolada pelo ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, o Conselho de Estado autorizou que o primeiro-ministro pudesse depor por escrito neste processo.
Tancos: António Costa respondeu ao juiz Carlos Alexandre e nega ter tido conhecimento de encenação
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