Antigo primeiro-ministro já chegou ao tribunal para o terceiro dia de julgamento.
José Sócrates chegou esta quarta-feira de manhã ao Campus de Justiça, em Lisboa, para o terceiro dia de julgamento, no âmbito da Operação Marquês. À chegada, começou por criticar novamente o jornalismo português e disse que espera que o Ministério Público (MP) apresente todas as provas.
"Parece que o Ministério Público hoje vai falar. Vamos ver se o Ministério Público apresenta, finalmente, uma prova daquilo que andou a afirmar durante 12 anos", disse à porta do tribunal em declarações aos jornalistas.
Sobre o dia de ontem - que ficou marcado pela segunda sessão do julgamento -, o antigo primeiro-ministro garantiu que conseguiu provar "que eram falsas todas essas acusações". "Apresentei os despachos do Governo que justificam aquilo que eu digo há 12 anos. Apresentei um despacho que o Ministério Público escondeu do processo."
Já questionado sobre a posição agressiva que adotou durante o dia de ontem - o que valeu várias chamadas de atenção por parte do tribunal - afirmou que iria fazer "o meu melhor".
"Não quero prejudicar o entendimento do tribunal. Pelo contrário. Tenho vontade que o tribunal seja completamente esclarecido, e ontem acho que tivemos uma sessão muito esclarecedora", defendeu.
Esta quarta-feira realiza-se a terceira sessão do julgamento da Operação Marquês e o antigo primeiro-ministro deverá responder às questões do Ministério Público.
Recorde-se que Sócrates está acusado de 22 crimes: três de corrupção, seis de fraude fiscal e 13 de branqueamento de capitais. Esta será a primeira vez que um antigo primeiro-ministro se senta no banco dos réus.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O incómodo de alguns ministros com as perguntas dos jornalistas revela uma incapacidade de lidar com as exigências da própria democracia.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
