O antigo primeiro-ministro critica o Ministério Público por ter mantido um ministro sob escuta durante quatro anos e Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro pelo seu silêncio.
Num novo texto sobre a OperaçãoInfluencer(é o terceiro), o antigo primeiro-ministro José Sócrates critica o silêncio dos seus dois principais candidatos à liderança em relação às escutas de que foi alvo o ministro João Galamba, no âmbito da investigação.
José Sócrates refere, no texto publicado esta segunda-feira no Diário de Notícias,que o Partido Socialista sempre "recusou sacrificar as liberdades constitucionais em nome de um qualquer fim social, por mais nobre que fosse" tenha perdido a noção do "significado da coragem política".
Sem nunca se referir diretamente ao nome de João Galamba, que foi um dos seus delfins enquanto liderou o PS, José Sócrates critica o Ministério Público (MP) por ter mais de 80 mil escutas ao longo de quatro anos ao secretário de Estado e ministro dos Governos de José Sócrates. "Um ministro esteve sob escuta das autoridades durante quatro anos. Quatro anos. A violência estatal é completamente obscena, não apenas no sentido de alguma coisa suja e indecente, mas também no sentido de ob-scaena, algo fora de cena, algo de inconcebível em democracia. Mas ninguém disse nada. Ninguém criticou", lê-se no artigo cujo título é "Fora de Cena".
"Dos dois candidatos à liderança do Partido Socialista, dizem que um é moderado e que o outro é corajoso", escreve Sócrates, referindo-se, respetivamente, a José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos, referindo que o segundo "carrega consigo essa marca maldita de independência e de atrevimento que a moderna cultura política associa ao radicalismo político", mas que mesmo assim não se pronunciou sobre a operação levada a cabo pelo MP. Já José Luís Carneiro é " "moderado, tão moderado que a sua sensibilidade política estará sempre mais próxima do prestígio das instituições que dos direitos individuais".
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.