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Sindicato pede "maior empenho" na "viabilização" da cervejaria Galiza

19 de novembro de 2019 às 15:33
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A Cervejaria Galiza, no Porto, está, desde há quatro anos, em dificuldades, com dívidas aos funcionários, ao fisco e à Segurança Social.

O Sindicato de Hotelaria pediu esta terça-feira ao Ministério do Trabalho um "maior empenho" na "viabilização" da cervejaria Galiza, no Porto, em risco de fechar, acrescentando ter recebido dos advogados da gerência a indicação de existirem "investidores interessados".

A informação foi adiantada aos jornalistas pelo delegado sindical Nuno Coelho, no fim de uma reunião "inconclusiva", e que continua na segunda-feira às 09h00, entre o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, os representantes da gerência e alguns funcionários da cervejaria na Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

"O que pedimos foi uma maior participação, um maior empenho do ministério na viabilização da empresa. Pelo que se sabe, o maior credor do PER -- Processo Especial de Revitalização da empresa é o Estado, portanto é um dos interessados no processo", observou o delegado sindical.

"Estamos a pedir que o ministério se empenhe, mantendo os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores", acrescentou.

Nuno Coelho disse que, na reunião, "foi dito", pelos advogados da gerência, "que havia investidores interessados" no espaço, para o "manter no setor" da restauração.

De acordo com o responsável sindical, nada foi dito sobre "valores" ou sobre quem são os investidores, tendo sido apenas referida a existência de "reuniões com a gerência".

O delegado sindical esclareceu que, "como a empresa não deu resposta a muitas das questões" colocadas na reunião mediada pelo Ministério do Trabalho, "ficou agendada nova reunião na segunda-feira, às 09h00".

Entretanto, garantiu, a cervejaria Galiza "vai continuar a trabalhar e a estar aberta", com os trabalhadores "em permanência" no espaço.

A Cervejaria Galiza está, desde há quatro anos, em dificuldades, com dívidas aos funcionários, ao fisco e à Segurança Social.

A tentativa de resolver o problema passou pelo recurso a um Processo Especial de Revitalização (PER), aceite pelo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia, e pela chegada de um gestor.

Os 31 trabalhadores mantêm-se, desde o dia 11 de novembro, de dia e noite, de forma alternada nas instalações, depois de se terem apercebido, nesse dia, da tentativa da retirada do equipamento pela proprietária da cervejaria.

Fundada a 29 de julho de 1972, a cervejaria detida pela empresa Atividades Hoteleiras da Galiza Portuense é uma das referências do Porto no setor da restauração

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