Antigo reitor da Universidade de Lisboa considera que não se deve "começar pela coisa mais fácil" no debate sobre como reduzir o custo dos estudos no ensino superior e pelo que "dá certa popularidade".
O antigo reitor daUniversidade de Lisboadiscorda do fim das propinas e considera que não se deve "começar pela coisa mais fácil" no debate sobre como reduzir o custo dos estudos no ensino superior e pelo que "dá certa popularidade".
"Eu teria tendência para atacar o mal pela raiz e ir para os verdadeiros custos e não começar pela coisa que é mais fácil, que dá certa popularidade, a certa altura é difícil não haver alguma demagogia misturada", considerou emAntónio Sampaio da Nóvoa, embaixador daUNESCOe antigo reitor da Universidade de Lisboa, em entrevista à agência Lusa.
Com uma carreira de décadas ligada ao ensino superior, o antigo reitor afirma que Portugal ainda "tem um défice de qualificações" e precisa de continuar a investir na expansão e democratização do acesso à universidade, mas não através do fim daspropinas.
"Eu julgo que reabrir o debate sobre as propinas é uma coisa muito complicada, vai colocar as universidades numa situação difícil, vai colocar os futuros Governos numa situação difícil porque têm que aumentar os financiamentos, e não tenho a certeza de que sejam os melhores resultados para abrir o ensino superior", argumentou.
Baseando-se na sua experiência e em estudos feitos quando estava à frente da Universidade de Lisboa, custos associados ao alojamento, alimentação, deslocações ou livros são mais significativos para os alunos e para as suas famílias, tendo assim maior peso nos orçamentos dos estudantes do que as propinas pagas nas universidades públicas em Portugal.
Numa convenção em Lisboa, o ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, chegou a defender o caminho para o fim das propinas, em janeiro, que mereceu depois a concordância do Presidente da República, depois de considerar "gravíssimo" que o ensino superior não seja uma prioridade.
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