"Aquilo que o país se tem de compenetrar, em particular o Governo, é que tem de ter uma estratégia para o ordenamento, para a fiscalização e tem de ter uma Protecção Civil a funcionar", disse o líder social-democrata aos jornalistas em Arganil, no distrito de Coimbra.
O dirigente social-democrata, que falava após uma reunião com a Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões e Associação de Produtores Florestais do Concelho de Arganil, disse que, nos incêndios de 2017, ficou claro "o completo falhanço" da Protecção Civil.
Para o presidente do PSD, o país "não tem" ordenamento florestal, a fiscalização "é fraquíssima e a Protecção Civil falhou redondamente durante o período dos incêndios".
Sobre o apoio às vítimas, Rui Rio disse que o processo não está a decorrer como devia e que existem pessoas "com bastantes dificuldades económicas e há empresários que não conseguem recuperar minimamente a sua actividade". "Se temos aqui uma zona já muito diversificada, como é o Interior, imagine-se aquela economia já débil que não consegue recuperar", referiu.
Para inverter a situação, o líder social-democrata disse que o Governo tem de eliminar "a burocracia que, em larga medida, está a entravar o apoio às vítimas".
Na sua deslocação a Arganil, acompanhado do líder parlamentar, Fernando Negrão, e de deputados do PSD, Rui Rio visitou ainda os Bombeiros Voluntários locais.