Por todo o País, há ambulâncias dos bombeiros voluntários a prestar serviço ao INEM sem a formação exigida. “Estamos a pôr em risco milhares de vidas”, diz à SÁBADO um responsável.
Um mês antes de se demitir da presidência do INEM, Luís Meira assumia, no parlamento, o estado do socorro da emergência em Portugal. “Sobre a degradação do serviço, ela é inegável, não vale a pena estarmos aqui a dourar uma realidade que é conhecida de todos”, declarou, a 4 de junho, na Comissão de Saúde. Também reconheceu a falta de, pelo menos, 400 técnicos de emergência pré-hospitalar e anunciou que, este ano, em média, um terço das ambulâncias do INEM estariam inoperacionais. Não fossem os bombeiros voluntários e há muito que o sistema teria colapsado. “Os bombeiros não são apenas a coluna vertebral do sistema, eles são o esqueleto do sistema integrado de emergência médica”, admitia. O que não disse é que parte destes bombeiros voluntários estão a tripular ambulâncias sem a formação exigida por lei. “Isto é uma situação que não pode continuar. Estamos a pôr todos os dias em risco centenas para não dizer milhares de vidas”, diz à SÁBADO Paulo Paço, presidente da Associação Nacional de Técnicos de Emergência Médica (ANTEM). O INEM terá conhecimento da situação, mas como os bombeiros voluntários asseguram mais de 90% da emergência médica pré-hospitalar, pouco tem feito para resolver o problema.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Há momentos que quebram um governo. Por vezes logo. Noutras, há um clique que não permite as coisas voltarem a ser como dantes. Por vezes são casos. Noutras, são políticas. O pacote laboral poderá ser justamente esse momento para a AD.
A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.
Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.
O tarefeiro preenche um buraco, não constrói a casa. Tal como no SNS, a proliferação de tarefeiros políticos não surge do nada. É consequência de partidos envelhecidos, processos de decisão opacos, e de uma crescente desconfiança dos cidadãos.