Portugal perdeu uma posição na classificação na categoria de Estado de Direito, descendo para 33.º em 173 países, ficando atrás da Lituânia e Israel.
A morte de Odair Moniz durante uma operação policial no ano passado contribuiu para o crescente risco à segurança pessoal em Portugal avaliado pelo Relatório Global sobre o Estado da Democracia 2025.
Relatório aborda morte de Odair Moniz e insegurança em Portugal
Portugal perdeu uma posição na classificação na categoria de Estado de Direito, descendo para 33.º em 173 países, ficando atrás da Lituânia e Israel.
Em contrapartida, Portugal subiu para 13.º na tabela de Representação, 37.º no índice de Direitos e 55.º em termos de Participação.
O relatório hoje publicado refere a morte de Odair Moniz, em outubro de 2024, que motivou protestos e tumultos populares violentos, e cita o Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial, que terá manifestado "preocupação com o uso excessivo da força pela polícia portuguesa, particularmente contra pessoas de ascendência africana".
"Registámos declínios no que chamamos integridade pessoal e segurança em Portugal. Isto está relacionado, essencialmente, com a forma como o Estado usa a violência", afirmou Alexander Hudson, um dos autores do relatório produzido pelo Instituto Internacional para a Democracia e Apoio Eleitoral (International IDEA).
Apesar de este indicador ter melhorado ligeiramente no ano passado em termos estatísticos, Hudson disse à Agência Lusa que houve declínios no período entre 2019 e 2024.
"Houve uma ligeira recuperação em 2024, mas ainda é uma trajetória geral de declínio", avisou.
Um agente da PSP deverá começar a ser julgado em outubro, acusado do homicídio com dois tiros de Odair Moniz na Cova da Moura, Amadora, em outubro do ano passado.
Segundo a acusação, o cabo-verdiano de 43 anos residente no Bairro do Zambujal tentou fugir da polícia e resistir à detenção, mas não se verificou qualquer ameaça com recurso a arma branca, contrariando o comunicado oficial divulgado pela Direção Nacional da PSP.
O relatório também aponta para uma deterioração da liberdade de imprensa e para o aumento da desigualdade económica em Portugal.
O Relatório Global sobre o Estado da Democracia, é produzido anualmente pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (International IDEA), com sede em Estocolmo, com base em informação de 22 fontes institucionais, incluindo a ONU.
O estudo usa um total de 154 indicadores para classificar 173 países em quatro categorias principais de desempenho democrático: Representação, Direitos, Estado de Direito e Participação.
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Se os desafios enfrentados por muitos rapazes são reais e não devem ser ignorados, também é perigoso transformá-los numa narrativa de vitimização que ataca os progressos das mulheres na sociedade, para mais quando persistem indicadores de desigualdade entre sexos, com prejuízo para o feminino.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.