Sábado – Pense por si

Quina, a carteirista de 85 anos

10 de setembro de 2016 às 08:00

Não passa despercebida em Ermesinde e até na Justiça já lhe disseram que tinha uma vida 'sui generis'. Vive com pena suspensa

Oferiado de 10 de Junho não lhe altera as rotinas. Sai disparada de casa, mas reserva tempo para gritar impropérios aos jornalistas desconhecidos que, de caneta e máquina fotográfica, a esperam na rua onde vive. De caminho, a habitual prece em frente a um pequeno altar com velas acesas, conhecidos como "alminhas", no exterior da Capela de S. Silvestre, a confortar espíritos em Ermesinde desde 1711. Sinal da cruz feito, mala ao ombro bem apertada contra o corpo, segue caminho sem olhar para trás. Arranca num passo estugado de quem não tem 85 anos, em direcção à estação de comboios. Pelo caminho, são poucos os que não sorriem à sua passagem. "Lá vai a Quina trabalhar!", atiram. "Olha, a Quina já está a caminho!" No café da estação, um habitué sorri e alerta para quem o quer ouvir: "Cuidado com as carteiras que vem aí a Quininha!"

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