Depois de Passos Coelho recusar comentar as declarações de Paulo Rangel sobre os casos Sócrates e BES, foi a vez do porta-voz do partido o fazer
O porta-voz do PSD, Marco António Costa, afirmou esta segunda-feira que a posição oficial do partido, da coligação e do Governo é não comentar assuntos judiciais, recusando-se a acrescentar qualquer posição à proferida por Passos Coelho sobre as declarações de Paulo Rangel.
Sábado, na Universidade de Verão do PSD, o eurodeputado social-democrata Paulo Rangel elogiou o "ataque sério e consistente" feito nos últimos tempos à corrupção e "promiscuidade" e questionou se "alguém acredita que se os socialistas estivessem no poder haveria um primeiro-ministro sob investigação" [José Sócrates] ou "o maior banqueiro estaria sob investigação" [Ricardo Salgado], declarações que já motivaram duras críticas por parte do PS, juízes e magistrados.
Questionado sobre o tema numa conferência de imprensa na sede do PSD/Porto, Marco António Costa, reiterou que o PSD só comenta assuntos políticos e, portanto, "não há nenhuma matéria de natureza de justiça que mereça comentários", posição que recordou ter sido a assumida aquando da detenção de José Sócrates.
"É a posição oficial do PSD, tem sido a posição oficial da coligação e como devem ter reparado tem sido a posição oficial do Governo", enfatizou.
O porta-voz do PSD considerou ainda que as declarações proferidas no sábado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, "são suficientes e não merecem que se acrescente absolutamente mais nada".
Perante a insistência dos jornalistas e à questão de se o PSD subscrevia as palavras de Paulo Rangel, Marco António Costa concluiu dizendo apenas: "Julgo que já disse tudo".
No sábado, Passos Coelho recusou-se a comentar "casos de justiça", mas disse estar convicto que, face ao clima que se vive no país, há uma avaliação "mais positiva" dos portugueses sobre os órgãos judiciais, no mesmo dia em que Francisco Assis, pela voz do PS, acusou o PSD de estar a fazer "uma tentativa clara de partidarização da justiça", exigindo a Pedro Passos Coelho que clarifique se se reconhecia nas declarações de Paulo Rangel.
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.