Em causa estará a denúncia à empresa Fernando Couto - Cortiças S.A., que alegadamente terá "castigado" Cristina Tavares com funções improdutivas, discriminação face aos colegas e tarefas desaconselhadas por pareceres médicos.
Os deputados socialistas da Comissão do Trabalho querem esclarecimentos do Governo sobre o alegado assédio moral a que uma corticeira de Santa Maria da Feira vem sujeitando uma funcionária reintegrada e indemnizada por ordem judicial, revelou esta terça-feira o partido.
Em causa está a empresa Fernando Couto - Cortiças S.A. que, segundodenunciou a semana passada a Confederação Geral dos Trabalhadores Portuguesesetambém o Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte, estará a "castigar" Cristina Tavares com funções improdutivas, discriminação face aos colegas e tarefas desaconselhadas por pareceres médicos - tudo por essa operária ter vencido em tribunal o processo em que acusava a empresa de falsa extinção do seu posto laboral.
Agora, os deputados do PS querem esclarecimentos do Ministério do Trabalho e, em comunicado, afirmam que esses "graves abusos físicos e laborais, (...) a confirmarem-se, são especialmente chocantes, provocando a repulsa e preocupação" do partido.
O pedido dirigido ao Governo é assinado por Tiago Barbosa Ribeiro, Idália Serrão, Carla Tavares, Sónia Fertuzinhos, Luís Soares, Rui Riso, Francisco Rocha, Marisabel Moutela, Ricardo Bexiga, José Rui Cruz e Sofia Araújo, que pedem também para ser inteirados das diligências efectuadas pela Autoridade para as Condições do Trabalho de forma a lidar com a questão.
"De acordo com as informações disponíveis até ao momento, a trabalhadora foi reintegrada em maio de 2018, mas a empresa exerceu graves represálias contra a trabalhadora e foi-lhe limitado o acesso a casas de banho comuns, bem como ao estacionamento dos funcionários, enquanto os seus colegas foram incentivados a não falar com ela", recorda o comunicado do PS.
Além disso, "terá sido colocada a trabalhar sozinha desde 07 de maio de 2018, sendo obrigada a carregar e a descarregar os mesmos sacos com peso superior a 15 quilos e num ambiente com temperaturas muitas vezes superiores a 40 graus, com exposição directa ao sol".
A corticeira não quis comentar o assunto, mas, para os deputados socialistas, "esta punição configura um ilícito grave de acordo com a legislação em vigor e foi concretizada contrariando os pareceres médicos apresentados, incluindo [os da equipa de] Medicina do Trabalho da própria empresa, que terá advertido a entidade patronal para evitar [à funcionária] cargas manuais pesadas e rotineiras".
A situação já é do conhecimento da Autoridade para as Condições do Trabalho, mas, como "aparentemente a empresa não está a obedecer" nem às instruções dessa estrutura nem "às leis em vigor", o PS quer que o Governo indique "quais as punições em que a firma incorre" e "quais serão as iniciativas para garantir os direitos da trabalhadora".
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso