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Foram registadas mais de 8.500 ocorrências desde quarta-feira devido ao mau tempo e, apesar do "ligeiro desagravamento das condições meteorológicas", depressão Elsa provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou perto de 80 pessoas desalojadas.
A Proteção Civil registou desde quarta-feira cerca de 8.500 ocorrências devido ao mau tempo e, apesar do "ligeiro desagravamento das condições meteorológicas" durante esta sexta-feira, a situação no rio Douro, na Régua, Porto e Gaia, "é preocupante". A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou perto de 80 pessoas desalojadas, além de 27 que tiveram de ser deslocadas.
"No rio Douro é previsível que nas próximas horas o nível das águas ainda suba cerca de meio metro, as barragens estão a descarregar água para ganhar capacidade de encaixe, para que seja depois possível, 'à posteriori', regularizar todo o leito do rio. Esta é uma situação preocupante, quer na Régua, quer na foz do Douro, na margem do Porto e também na margem de Gaia", disse o comandante Pedro Nunes, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Quanto ao número de ocorrências registadas desde as 15h00 de quarta-feira, Pedro Nunes adiantou que foram contabilizadas cerca de 8.500 "relacionadas com a depressão Elsa". Nas operações de socorro estiveram envolvidos cerca de 25 mil operacionais de "todos os agentes de proteção civil", acrescentou, em declarações aos jornalistas na sede nacional da ANEPC, em Carnaxide, Oeiras.
Neste momento, continuou, depois de se ter sentido "um ligeiro desagravamento das condições meteorológicas" face àquilo que tinha sido o dia de quinta-feira, com "menos precipitação e menos vento", a única infraestrutura que ainda se encontra condicionada é a A25, no distrito de Aveiro, concelho de Albergaria.
"É expectável que, durante a noite de hoje e até à próxima madrugada, ainda persistam algumas chuvas temporárias na região Centro e também na região Sul, sendo que para o dia de amanhã [sábado] a precipitação passará a um regime de aguaceiros e vamos ter novamente um quadro de vento para o dia de amanhã [sábado] e para domingo, acompanhado de uma agitação marítima forte, também para o fim de semana", adiantou o comandante da Proteção Civil.
Relativamente à situação no rio Tâmega, referiu, quer em Amarante, quer em Chaves, o caudal está a baixar "e a situação tende a melhorar de forma muito significativa".
Em Águeda, o caudal também baixou e "a situação tende a regularizar", enquanto o Mondego está ainda a ser monitorizado, porque há "alguma preocupação" com os caudais afluentes, tendo em conta a precipitação que ocorreu ao final do dia de hoje.
"Em relação ao Tejo, também está numa situação de monitorização, estamos à espera de ver qual é o resultado dos caudais afluentes do rio Tejo", explicou o comandante Pedro Nunes.
O descarrilamento de um comboio Intercidades na zona de Forno de Algodres, no distrito da Guarda, que não provocou vítimas, obrigou ao início da noite à retirada dos passageiros pelos bombeiros.
O mau tempo provocou também danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
Cinco distritos em aviso vermelho
Três distritos (Beja, Faro e Setúbal) mantêm-se com aviso laranja até às 06h00 de sábado, devido a agitação marítima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), enquanto 11 distritos estão sob aviso amarelo por causa de precipitação e/ou agitação marítima.
O IPMA colocou ainda, entre as 21h de sábado e as 12h de domingo, os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga em aviso vermelho devido à agitação marítima. Em comunicado durante a tarde desta sexta-feira, o Instituto do Mar e da Atmosfera alerta que durante este período as ondas poderão atingir os 15 metros de altura nestes cinco distritos.
Na tarde e noite de domingo, os avisos do IPMA baixam para laranja, o segundo mais grave, perspetivando-se que as ondas possam atingir os 12 metros. Além destes distritos, estão sob aviso laranja entre sábado e domingo os distritos de Bragança, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Lisboa, Leiria, Beja e Castelo Branco. Para os distritos de Viseu, Évora, Portalegre e Santarém foi colocado um aviso amarelo (o terceiro mais grave).
Os primeiros efeitos da depressão Fabien são esperados no sábado, com períodos de chuva persistente e por vezes forte na região Centro, Alto Alentejo e no litoral entre o rio Tejo e o cabo de Sines, até ao final da madrugada; aguaceiros temporariamente intensos no Minho e Douro Litoral até ao meio da tarde; e intensificação do vento, especialmente nas regiões Norte e Centro.
Segundo as previsões do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), o vento será forte de sudoeste, com rajadas a atingir valores de 90 km/h, em especial no litoral norte e centro, e de 120 km/h nas terras altas. É igualmente esperada agitação marítima, sobretudo no litoral a norte do cabo Mondego, onde as ondas poderão ultrapassar os 10 metros de altura.
Segundo o IPMA, a depressão Fabien não deverá ter a mesma intensidade da depressão Elsa, que nos últimos dias provocou milhares de ocorrências e deixou pelo menos dois mortos e um desaparecido. O IPMA prevê ainda uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.
Proteção Civil: Situação no rio Douro é "preocupante"
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