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Pressões para não falar são mensagens que "andam por aí", diz Cristas sobre Tancos

29 de setembro de 2019 às 14:41
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Um dia depois de ter dito que tinha recebido mensagens a alertá-la para o "preço político" de falar no processo em que o ex-ministro Azeredo Lopes foi acusado, Cristas foi confrontada várias vezes, pelos jornalistas para identificar de quem eram e o que diziam.

A líder do CDS-PP,Assunção Cristas, evitou este domingo dizer quem lhe enviou mensagens para evitar o tema deTancosna campanha para aslegislativasde outubro, explicando que são mensagens que "andam por aí por todo o lado".

Um dia depois de ter dito, num jantar-comício em Albergaria-a-Velha, Aveiro, ter recebido mensagens a alertá-la para o "preço político" de falar no processo de Tancos, em que o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes foi acusado, Cristas foi confrontada várias vezes, pelos jornalistas para identificar de quem eram e o que diziam.

"Isso há muitas mensagens que andam por aí por todo lado. O que é importante é que cada partido possa dizer o que acha mais relevante", afirmou, no final de um passeio de bicicleta nos passadiços de Aveiro.

E se o que diz pode causar suspeitas sobre os potenciais autores dessas mensagens, do Presidente da República ao PS ou PSD e até ao próprio CDS, a líder centrista respondeu: "Podem tirar daí a ideia que eu não me estava a referir a ninguém em concreto nem a nenhuma mensagem em concreto."

"Aquilo que eu sinalizei foi que nós não aceitamos que nos digam o que devemos ou não dizer em campanha eleitoral direta ou indiretamente por ninguém. Nós fazemos as nossas escolhas. Achamos o tema de Tancos muito relevante e vamos continuar a trazê-lo", disse ainda.

Um dia depois de ter desafiado António Costa a dar explicações sobre o que sabia ou não do caso, Cristas sublinhou que continua "à espera das respostas do primeiro-ministro".

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