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Presidente do INEM garante os pagamentos reclamados pelos trabalhadores

Os técnicos de ambulância de emergência recusam-se a fazer horas extraordinárias devido à falta de remuneração de subsídios e horas extras

O presidente do INEM garantiu hoje que foram pagos até agora "todos os valores reclamados do passado" pelos trabalhadores, enquanto o pagamento dos subsídios de alimentação dos turnos extra começa a ser pago este mês.

 

"Todos os valores que foram reclamados do passado foram pagos até agora. A única coisa que esteve em falta, que nunca foi paga no INEM, correspondeu aos subsídios de alimentação dos turnos extra, que este Conselho Directivo autorizou em Dezembro, que está neste momento em processamento e que será brevemente pago. Este mês, e nos próximos, já vamos pagar com retroactivos à data da autorização, a 17 de Dezembro. Esperamos com isto esgotar esta necessidade", afirmou Paulo Campos aos jornalistas.

 

Os técnicos de ambulância de emergência estão desde o início do mês a recusar fazer horas extraordinárias, queixando-se de falta de pagamento de subsídios e de horas extra e de mais cortes no salário.

 

No final de uma reunião hoje no Ministério da Saúde, o presidente do INEM lembrou que sempre foram cumpridas horas extraordinárias no instituto: "O sistema foi crescendo com horas normais e horas extra e até agora nunca foi posto em causa pelos nossos profissionais. (...) Até há uma semana atrás as horas extra sempre foram feitas".

 

Sobre a carreira de técnico de emergência, o responsável disse estar "muito empenhado" em aprová-la em breve, frisando que durante um ano o INEM tem trabalhado nesta carreira, que é uma pretensão dos profissionais.

 

"Num ano fizemos o que durante 10 anos não foi possível fazer. É nossa intenção que essa carreira seja uma realidade", disse Paulo Campos, acrescentando que o INEM se encontra em processo de contratação de 85 técnicos de emergência, que irão chegar até Setembro.

 

Por outro lado, o presidente do INEM vincou que "não há um único posto de trabalho dos técnicos de ambulância que esteja em causa".

 

Sobre a participação ao Ministério Público contra quem contribuir para colocar em risco o socorro urgente a pessoas, que tinha sido referido em comunicado pelo INEM, Paulo Campos reiterou que serão usados os meios legais para impedir falhas no socorro.

 

"Nós tomaremos todas as atitudes a que a lei nos obriga. E houve uma atitude mais ou menos organizada para hoje faltarem meios de emergência ao cidadão. Estamos muito atentos e não podemos permitir que haja falhas ao socorro sem os mecanismos legais", disse, depois de ter frisado que não houve qualquer pré-aviso de greve por parte dos trabalhadores.

 

A comissão de trabalhadores veio dizer ao início da manhã de hoje que 11 das ambulâncias existentes em Lisboa do serviço do INEM estavam paradas devido à recusa dos técnicos em fazer turnos extra, enquanto o presidente do Instituto adiantou que são sete o número de viaturas sem tripulação.

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