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Marcelo indigita Montenegro como primeiro-ministro

Diogo Barreto , Lusa 21 de março de 2024 às 00:33
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Líder da AD apresentará "ao Presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional", lê-se na nota presidencial.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitou na madrugada desta quinta-feira Luís Montenegro como primeiro-ministro, durante uma audiência com o presidente do PSD, já depois da meia-noite. 

REUTERS/Pedro Nunes

"Tendo o Presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos (...)  o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como Primeiro-Ministro", justifica o chefe de Estado, numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, já depois da meio-noite.

À saída da audiência, Luís Montenegro confirmou que o novo governo vai tomar posse a 2 de abril e que apresentará a composição do mesmo à Presidência a 28 de março. 

Há nove anos que o PSD não era poder. O último governo laranja teve Passos Coelho como líder e Montenegro como líder da bancada parlamentar.

Marcelo ressalva que Pedro Nuno Santos reconheceu que a AD tinha vencido as eleições e que seria "líder da oposição".

Quem é Montenegro

O social-democrata tem 51 anos, nasceu no Porto, mas viveu a sua vida em Espinho, no distrito de Aveiro. É advogado e a sua estreia no Parlamento ocorreu em 2002. 

Depois de ter sido 'vice' da bancada social-democrata na direção de Miguel Macedo, foi eleito líder parlamentar após a vitória de Pedro Passos Coelho nas legislativas, em junho de 2011. Manteve-se neste cargo até 2017. 

Em 2014 proferiu uma frase que foi muitas vezes utilizada como arremesso contra si: "A vida das pessoas não está melhor, mas a do País está muito melhor", afirmou, referindo-se às conquistas que o governo de coligação PSD-CDS tinha conseguido enquanto executava o programa da troika.

Na sequência da derrota do partido nas legislativas de 2022, que o PS venceu com maioria absoluta, Rui Rio não se recandidatou à liderança do PSD e Montenegro voltou a disputar o lugar de presidente do PSD contra o antigo vice-presidente do partido Jorge Moreira da Silva. Venceu com mais de 70% dos votos.

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