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Presidenciais: na era digital, Constitucional vai verificar 100 mil folhas de assinaturas

Bruno Faria Lopes , Alexandre R. Malhado 19 de dezembro de 2020 às 08:00

Candidatos queixam-se da manutenção do processo de recolha de assinaturas em papel, ainda por cima num ano dominado pela Covid-19

Quando vem um grupo de jovens sei que se conseguir chegar a um deles, os outros assinam todos", explica Rosa Gomes. A reformada de 71 anos está numa ação no Saldanha, em Lisboa, a recolher assinaturas para que Ana Gomes possa ser candidata à Presidência da República. Cerca de uma dezena de voluntários tenta parar as pessoas, num trabalho igual ao de um peditório. Ana Gomes está ali ao lado, disponível para falar com quem aceita parar. Alguns acedem. E Rosa Gomes é a mais dinâmica. "Isto é uma linha de montagem: eu convenço as pessoas e, ali, as minhas colegas tratam do resto", conta. O "resto" é a papelada que os candidatos reúnem para formalizarem a candidatura no Tribunal Constitucional (TC), e que inclui entre 7.500 e 15.000 formulários e outras tantas certidões.

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