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Presença de cocaína nos esgotos de Lisboa e Porto aumentou

As águas residuais de Lisboa revelaram a presença de 271 miligramas diárias de cocaína por 1.000 habitantes, em 2017.

A presença de cocaína nos esgotos das cidades de Lisboa e Porto aumentou em 2017, segundo um estudo realizado a partir de amostras destas águas residuais e que é hoje divulgado.

Elaborado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), o estudo avaliou amostras de águas residuais em 60 cidades europeias de 19 países para avaliar os consumos de droga dos seus habitantes.

Lisboa, Porto e Almada foram as cidades portuguesas analisadas, para o que contribuíram profissionais da Faculdade de Farmácia da Faculdade de Lisboa e Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

Em relação à cocaína, as águas residuais de Lisboa revelaram a presença de 271 miligramas (mg) diárias por 1.000 habitantes (258 mg em 2016).

No Porto também se registou um aumento: 162 mg diárias por 1.000 habitantes (90,8 mg em 2016).

Em Almada, os valores identificados foram de 82,4 mg diárias por 1.000 habitantes (68,1 mg no ano anterior).

O estudo também avaliou a presença de anfetaminas nos esgotos de Lisboa, Porto e Almada.

Na capital, a quantidade detectada diminuiu (3 mg diárias por 1.000 habitantes, contra 3,3 mg em 2016).

No Porto, os níveis detectados em 2017 estavam abaixo do nível de quantificação, tal como no ano anterior, enquanto em Almada foram registados 1,3 mg, quando em 2016 os valores nem sequer eram quantificados.

A presença de metanfetaminas em Lisboa foi abaixo do nível de quantificação, tal como aconteceu em 2016, mas no Porto manteve-se nos 0,5 mg diárias por 1.000 habitantes.

Em Almada, este valor subiu de 0,8 para 0,9 mg diárias por 1.000 habitantes.

Sobre oecstasy, o estudo identificou nas águas residuais de Lisboa 38,3 mg diárias por 1.000 habitantes (26,9 mg diárias por 1.000 habitantes).

No Porto, os valores mantiveram-se nos 10,8 mg diárias por 1.000 habitantes e, em Almada, a presença desta droga subiu de 2,8 para 9,3 mg diárias por 1.000 habitantes, entre 2016 e 2017.

Lisboa ocupa o 16.º lugar norankingsobre a presença de cocaína nas águas residuais das 56 cidades avaliadas. A posição do Porto é a 33.ª e a de Almada a 41.ª.

Segundo as conclusões do estudo europeu, as descargas nas águas residuais indicam que a cocaína terá um uso mais elevado em cidades do oeste e sul da Europa, em particular em cidades belgas, holandeses, espanholas e do Reino Unido.

A análise das águas residuais aponta para níveis muito reduzidos na maioria das cidades do leste europeu.

Quanto às anfetaminas, a detecção nas águas residuais mostra uma variação considerável nas várias cidades analisadas, com os níveis mais altos registados em cidades do norte e leste da Europa.

O estudo demonstrou ainda diferenças nas cidades dentro do mesmo país, o que pode ser explicado pelos aspectos sociais e demográficos de cada localidade, como a presença ou não de universidades, de áreas de diversão nocturna.

Na maioria dos países com vários locais estudados, as descargas de cocaína eecstasyforam maiores nas grandes cidades. Essas diferenças não são significativas nas anfetaminas e na metanfetamina.

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