Sábado – Pense por si

PEV abstém-se na generalidade e mantém voto em aberto para final global

Deputado José Luís Ferreira considerou que, apesar de o orçamento estar "longe de dar resposta aos problemas dos pais e dos portugueses", o Governo deu abertura a algumas propostas dos Verdes, nomeadamente quanto à conservação da natureza.

O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) vai abster-se "com todo o sentido da responsabilidade" na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), mantendo em aberto a votação final, foi anunciado esta terça-feira no parlamento.

O anúncio foi feito pelo deputado José Luís Ferreira, do PEV, numa conferência de imprensa, no parlamento, em que considerou que, apesar de o orçamento estar "longe de dar resposta aos problemas dos pais e dos portugueses", o Governo deu abertura a algumas propostas dos Verdes, nomeadamente quanto à conservação da natureza.

O facto de ajudar a aprovar, pela abstenção, o OE2021, explicou José Luís Ferreira, é também "dar mais uma oportunidade ao PS e ao Governo para terem abertura" para ouras propostas, na especialidade, período que se segue à votação na generalidade e acontece antes da votação final global, em 26 de novembro.

O facto de ajudar a aprovar, pela abstenção, o OE2021, explicou José Luís Ferreira, é também "dar mais uma oportunidade ao PS e ao Governo" para viabilizar outras propostas, na especialidade, período que se segue à votação na generalidade e acontece antes da votação final global, em 26 de novembro.

"Este sentido de voto", explicou, tem "um propósito e um sentido muito claro", que é "dar mais uma oportunidade ao PS e ao Governo para que assumam uma postura de abertura relativamente a outras preocupações" do PEV, como o "combate determinado à pobreza, reforço dos serviços público, na saúde, educação e justiça, e a necessidade de investimento nos transportes públicos, em particular na ferrovia".

A aprovação das propostas dos Verdes, admitiu, "não tornariam este orçamento um bom orçamento", mas "poderiam torná-lo menos insuficiente face à gravidade da situação dos portugueses e do país, sobretudo com a pandemia" de covid-19 e a crise económica e social que causou.

José Luís Ferreira afirmou ainda que todos os cenários estão em aberto para a votação final global, em 26 de novembro, e que a decisão do partido vai ter em conta "a postura do Governo e do PS" relativamente às suas propostas.

Com a abstenção do PEV, último partido a posicionar-se nesta questão, o Orçamento do Estado de 2021 deverá ser aprovado apenas com os votos favoráveis do PS (108), registando 105 votos contra, do PSD, Bloco de Esquerda, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal.

Para a aprovação serão essenciais as abstenções já anunciadas pelo PCP, partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), PEV e da deputada não-inscrita Cristina Rodrigues (ex-PAN). A deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira (ex-Livre) ainda não anunciou o seu sentido de voto, mas já garantiu que não vai votar contra, pelo que poderá ser mais uma abstenção ou um voto a favor.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.