Entre os feridos, 10 encontram-se em estado grave. 14 são civis e seis são bombeiros. Dos bombeiros, quatro estão em estado grave, segundo o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses Jaime Marta Soares.
Apesar de existir a informação de que dois bombeiros estão desaparecidos, o secretário de Estado da Administração Interna Jorge Gomes indica que é necessária confirmação.
Já foi implementado o plano de emergência distrital. "Foi instalado um hospital do INEM em Avelar e será aberta a casa funerária, para onde serão transportados os cadáveres encontrados", afirmou Jorge Gomes.
De momento, o incêndio conta com quatro frentes activas, sendo que três são muito violentas. A situação agudizou-se cerca das 18 horas, devido às rajadas de vento, tendo passado de duas para quatro frentes.
O incêndio está a ser combatido por 331 operacionais, segundo o secretário de Estado da Administração Interna.
Jorge Gomes pediu "calma e paciência", tendo ainda deixado uma palavra de "muita gratidão" à GNR, Exército, bombeiros e INEM.
Marcelo Rebelo de Sousa já chegou a Pedrógão Grande, pelas 0h43, para se inteirar da situação. Espera-se a chegada da ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa.
Alguns populares foram obrigados hoje a abandonar as suas casas em zonas mais remotas de Pedrógão Grande na sequência de um incêndio que lavra naquele concelho.
O fogo começou nos Escalos Fundeiros, no norte do distrito, e já obrigou ao corte do Itinerário Complementar 8, bastante a sul daquela ignição.
A ausência de electricidade e de comunicações está a preocupar a população, que, contactada pela Lusa, vê o vento forte a tornar-se adversário no combate às chamas.
O concelho de Pedrógão Grande está com aldeias "em muito perigo, completamente cercadas" e há falta de bombeiros no combate às chamas, disse à agência Lusa o presidente do município.
"Estamos a tentar evacuar aldeias completamente cercadas e em muito perigo", sublinhou o presidente da Câmara Municipal, Valdemar Alves, referindo que as zonas mais afetadas são as de Mosteiro, Vila Facaia, Coelhal, Escalos Cimeiros, Regadas e Graça.
Segundo Valdemar Alves, o número de bombeiros a combater as chamas é "insuficiente" face aos incêndios que também destroem distritos vizinhos.
"É impossível acudirmos a todas as aldeias. Estamos a todo o custo a ver se nos chegam bombeiros de Lisboa", realçou o autarca, visivelmente abalado, afirmando que a situação é "bastante dramática".
"Não tenho ideia de ter uma situação como esta em Pedrógão Grande. O fogo esteve às portas da vila, a 50 metros", disse, frisando que na localidade temeu-se o pior.