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Pelo menos 19 mortos em incêndio de Pedrógão Grande

18 de junho de 2017 às 00:43
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Há 21 feridos, entre eles 14 civis, de acordo com o secretário de Estado da Administração Interna Jorge Gomes. Marcelo chegou ao local às 0h43

19 civis morreram e pelo menos 21 pessoas ficaram feridas devido ao incêndio em Pedrógão Grande, que lavra desde as 14 horas deste sábado. 16 das 19 vítimas mortais morreram carbonizadas dentro das suas viaturas, na estrada entre Mosteiro e Pedrógão Grande, e três por inalação de fumo junto a um cemitério. 

Entre os feridos, 10 encontram-se em estado grave. 14 são civis e seis são bombeiros. Dos bombeiros, quatro estão em estado grave, segundo o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses Jaime Marta Soares. 

Apesar de existir a informação de que dois bombeiros estão desaparecidos, o secretário de Estado da Administração Interna Jorge Gomes indica que é necessária confirmação. 

Já foi implementado o plano de emergência distrital. "Foi instalado um hospital do INEM em Avelar e será aberta a casa funerária, para onde serão transportados os cadáveres encontrados", afirmou Jorge Gomes. 

De momento, o incêndio conta com quatro frentes activas, sendo que três são muito violentas. A situação agudizou-se cerca das 18 horas, devido às rajadas de vento, tendo passado de duas para quatro frentes. 

O incêndio está a ser combatido por 331 operacionais, segundo o secretário de Estado da Administração Interna. 

Jorge Gomes pediu "calma e paciência", tendo ainda deixado uma palavra de "muita gratidão" à GNR, Exército, bombeiros e INEM. 

Marcelo Rebelo de Sousa já chegou a Pedrógão Grande, pelas 0h43, para se inteirar da situação. Espera-se a chegada da ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa. 

Alguns populares foram obrigados hoje a abandonar as suas casas em zonas mais remotas de Pedrógão Grande na sequência de um incêndio que lavra naquele concelho.

O fogo começou nos Escalos Fundeiros, no norte do distrito, e já obrigou ao corte do Itinerário Complementar 8, bastante a sul daquela ignição.

A ausência de electricidade e de comunicações está a preocupar a população, que, contactada pela Lusa, vê o vento forte a tornar-se adversário no combate às chamas.

O concelho de Pedrógão Grande está com aldeias "em muito perigo, completamente cercadas" e há falta de bombeiros no combate às chamas, disse à agência Lusa o presidente do município.

"Estamos a tentar evacuar aldeias completamente cercadas e em muito perigo", sublinhou o presidente da Câmara Municipal, Valdemar Alves, referindo que as zonas mais afetadas são as de Mosteiro, Vila Facaia, Coelhal, Escalos Cimeiros, Regadas e Graça.

Segundo Valdemar Alves, o número de bombeiros a combater as chamas é "insuficiente" face aos incêndios que também destroem distritos vizinhos.

"É impossível acudirmos a todas as aldeias. Estamos a todo o custo a ver se nos chegam bombeiros de Lisboa", realçou o autarca, visivelmente abalado, afirmando que a situação é "bastante dramática".

"Não tenho ideia de ter uma situação como esta em Pedrógão Grande. O fogo esteve às portas da vila, a 50 metros", disse, frisando que na localidade temeu-se o pior. 
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