O secretário-geral do PS fez o seu primeiro discurso em congresso do PS enquanto secretário-geral este sábado.
Pedro Nuno Santos garantiu no seu discurso como secretário-geral no Congresso do PS que o partido terá um candidato presidencial "como há muito tempo o PS não tem" e "o PSD ainda espera pelo diabo, da mesma forma como nós ainda esperamos o apelo de Passos Coelho ao voto no PS".
MIGUEL A. LOPES/LUSA
Na primeira parte do seu discurso, o secretário-geral do PS referiu os cinco atos eleitorais que vão marcar este seu mandato e mencionou o trabalho dos dirigentes e militantes socialistas nos Açores, como Carlos César e Vasco Cordeiro. "Em todo o país, temos uma grande esperança em vocês, temos a certeza, ganharemos as eleições regionais pelos Açores, grande abraço a todos vós".
Pedro Nuno Santos lembrou os momentos históricos do partido: "Lutamos pela democracia e pela liberdade." Recordou que o PS "criou o Serviço Nacional de Saúde e construiu a Escola Pública Universal, somos o partido que aproxima Portugal da Europa com a adesão em 1986."
No seu discurso nomeou Mário Soares,António Arnault, Manuel Alegre, António Guterres, Jorge Sampaio e António Costa, referindo a história do PS que "também se fez e se reforçou em muito nestes últimos 8 anos". Admite que se "orgulha de ter feito parte desde o primeiro dia" da governação de António Costa.
Pedro Nuno Santos continuou a elogiar António Costa referindo que o mesmo "não virou apenas a página da austeridade, mas escreveu um capítulo novo inteiro da nossa democracia". "Credibilidade, competência, segurança, é isto que vai ficar para a história, é isto que vai ficar na nossa memória" destaca sobre o antigo Primeiro-Ministro.
No seu discurso menciona a crise de habitação referindo que "foi ao mercado que se deixou o essencial da resposta às necessidades de habitação do povo português." Promete assim que na governação do PS "aprovámos uma nova geração de políticas de habitação, uma lei de bases da habitação, e lançámos o maior plano de investimento público em habitação da nossa história", com um investimento até 2026 de 2,3 mil milhões de euros em habitação para a população mais desfavorecida e para a classe média.
Aproveitou para continuar a atacar a direita referindo que o "PSD e o CDS, quando tiveram a oportunidade de intervir na habitação, foi para piorar a situação", dando o exemplo do "caso lei Cristas, que levou ao despejo de milhares de pessoas das suas habitações". Acusa os vários partidos de direita de não terem soluções para a crise de habitação. "A direita é sempre igual, primeiro desregula, quando começa a correr mal atira as culpas para a esquerda e no final defende que o Estado subsidie o mercado privado".
O atual secretário-geral do PS não deixa de mencionar a TAP, dizendo que ou que se fazia uma intervenção ou seria encerrada, pois era uma "empresa de gestão privada que vinha de dois anos com 200 milhões de resultados negativos acumulados e que, de um momento para o outro, viu os seus aviões parados", devido à pandemia com "consequências desastrosas."
Recordou os lucros da TAP, com os "66 milhões de euros de lucro em 2022 e 200 milhões de lucro nos primeiros 9 meses do ano de 2023, que são a prova objetiva do sucesso da intervenção". Para Pedro Nuno Santos, "as empresas públicas não estão condenadas a ser deficitárias, foi isto que demonstrámos com a TAP e a CP, e é precisamente isto que tanto incomoda a direita, que lhes interessa a narrativa de que tudo deve ser privatizado, de que no Estado nada funciona, de que um Estado mínimo funciona melhor."
Na última parte do seu discurso, Pedro Nuno Santos referiu que quer "abrir novo ciclo no país e garantir respostas para os problemas que o país enfrenta e pelas quais não pode esperar mais tempo."
Reconheceu que "nem tudo foi bem feito nestes últimos oito anos", mas defendeu que os socialistas estão em "melhores condições" para resolver os problemas que ainda estão por solucionar.
Pedro Nuno Santos elencou problemas que persistem no país, como a "economia pouco sofisticada e pouco diversificada" que está "longe de ter os salários que os portugueses ambicionam ter". "Temos problemas nos serviços públicos, na saúde, na escola pública, há dificuldades no acesso à habitação."
Face a estes problemas refere que o PS tem "trabalho para fazer e problemas para resolver, nunca os esconderemos, nunca os ignoraremos, sabemos que é o PS que está em melhores condições para os continuar a resolver."
"É com todos os portugueses que, enquanto secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro, tenciono abrir um novo ciclo no país e garantir as respostas para os problemas que o país inteiro enfrenta e pelas quais não pode esperar mais tempo", concluiu.
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