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"O PS pode um dia governar com a direita, mas não será comigo", garantiu o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, num almoço na Associação 25 de Abril.
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, que gosta da palavra "geringonça", defendeu, esta terça-feira, que o PS "não é refém da direita" e deve trabalhar com a esquerda numa solução de Governo, no futuro.
"O PS não está refém da direita para governar", afirmou Pedro Nuno Santos, convidado num almoço, com cravo vermelho à mesa, na Associação 25 de Abril, em Lisboa, onde esteve mais de duas horas e meia num debate com militares de Abril e sócios da associação em que se falou da experiência do governo do PS com a esquerda.
Uma das partes aplaudidas da sua intervenção foi quando falou da esquerda e das soluções de Governo, ao dizer que prefere "que o PS trabalhe com os partidos de esquerda". "O PS pode um dia governar com a direita, mas não será comigo", garantiu.
A falar numa assistência marcadamente de esquerda, Pedro Nuno Santos, que no congresso do PS, em Maio, citou Marx, ouvira, minutos antes, o coronel e presidente da associação, Vasco Lourenço, defender, a título pessoal, uma vitória para o PS nas legislativas de 2019, "mas sem maioria absoluta".
À frase "politicamente incorrecta", respondeu que, para o PS, nas eleições, espera que o partido tenha "o melhor resultado possível" e sem falar de maiorias, relativas ou absolutas.
O almoço com Pedro Nuno Santos, que faltou à cerimónia de doutoramento 'Honoris Causa' de Manuel Alegre, está integrado num ciclo de "animados debates", impulsionado pelo ex-assessor de imprensa do PS e artista plástico António Colaço.
De actualidade, sobre o próximo Orçamento do Estado, de que é um dos negociadores com o BE, PCP e PEV, Pedro Nuno Santos avisou, desde logo, que não ia "dar notícias".
Apresentado por António Colaço como um dos potenciais candidatos de futuro à liderança do PS, o dirigente socialista fez um discurso marcadamente de esquerda na defesa do Estado em áreas-chave para a vida das pessoas, na saúde, na educação, por exemplo.
E avisou que não se pode deixar a direita e os liberais "apropriarem-se da palavra liberdade" para dizerem que defendem uma libertação dos cidadãos relativamente ao Estado.
Erro do passado, por exemplo, foi não dar à habitação a importância que deveria ter como o caro pilar do Estado social.
Sem pretender "vender" uma realidade "cor de rosa" em Portugal, onde ainda existem muitos problemas, como a pobreza, o secretário de Estado fez uma defesa dos três anos de governo minoritário do PS com o apoio da esquerda parlamentar.
O salário mínimo aumentou e "vai ficar em 600 euros" em 2019, as pensões foram actualizadas, exemplificou. "Não estamos a dar nada às pessoas, estamos a fazer justiça ao seu trabalho de anos e anos", afirmou.
E a uma das questões mais delicadas, feita por Carlos Matos Gomes, militar de Abril e autor de obras sobre a guerra colonial, foi sobre o risco de uma "justicialização da política", por causa do caso do furto de armas de Tancos, com a detenção de vários militares, respondeu com uma frase.
Uma das maiores conquistas da democracia, é "a separação de poderes", executivo e judicial, afirmando, ainda, que "ninguém está acima do escrutínio e da crítica", como o poder judicial, como aconteceu com várias manifestações contra uma decisão recente do Tribunal da Relação do Porto.
Pedro Nuno Santos não quer PS "refém da direita" para governar
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.