O cabeça de lista do PS às eleições europeias criticou Paulo Rangel por insistir numa "campanha de calúnias e falsidades" contra os socialistas, sem propostas concretas para a Europa.
Pedro Marques critica PSD por insistir em "calúnicas e falsidades"
O cabeça de lista do PS às eleições europeias, Pedro Marques, criticou hoje o rival do PSD, Paulo Rangel, por insistir numa "campanha de calúnias e falsidades" contra os socialistas, sem fazer propostas concretas para a Europa.
Pedro Marques fez estas críticas em Loulé, no Algarve, em resposta a uma posição expressa no sábado por Paulo Rangel, que acusou o candidato do PS de estar "conformado" com uma perda de 7% dos fundos comunitários pensados para a convergência.
O candidato socialista às europeias de 26 de maio afirmou que a campanha eleitoral precisa de "propostas concretas e de esclarecimento aos portugueses" e garantiu que está a fazer isso, apresentando "uma proposta concreta para a Europa: um novo contrato social, mais emprego, menos pobreza e desigualdade, sempre com as contas certas".
Pedro Marques reforçou a ideia de que é preciso "fazer na Europa o que se fez bem em Portugal" e assegurou que o PSD e Paulo Rangel vão "ficar a falar sozinhos" se insistirem na "campanha de calúnias e falsidades".
"O meu adversário, em particular o dr. Paulo Rangel, do PSD, tem estado sobretudo a apostar numa campanha de calúnias e falsidades, em particular nesta situação", afirmou Pedro Marques, sobre as declarações de Rangel a falar da perda de 7% de fundos comunitários para a convergência.
O antigo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, que deixou o cargo para ser cabeça de lista do PS às europeias, disse haver "um dado absolutamente objetivo" e "verificável", numa referência ao "acordo entre o governo português e o PSD que estabelecia uma meta".
"Nós não devíamos perder um euro a preços correntes no próximo quadro comunitário. A proposta da Comissão Europeia, depois de muita pressão do Governo português, conduzida pelo primeiro-ministro, António Costa, e por mim próprio, já nos permite receber mais 1.700 milhões de euros do que no quadro comunitário anterior, isto verifica-se tanto a preços correntes como a preços constantes", esclareceu.
Pedro Marques considerou que Paulo Rangel "tem estado a insistir nesta lógica de falsidades" e ainda só não o acusou de "ser responsável pelo falhanço do acordo entre Donald Trump e a Coreia do Norte".
"Tudo o resto é da minha responsabilidade", acrescentou, garantindo que, se Paulo Rangel "continuar esse tipo de campanha, vai andar a falar sozinho", porque o PS "denunciará as falsidades, como esta, que é objetivamente falsa", mas "não vai entrar nesse tipo de campanha", que se tem repetido "nas últimas duas semanas" por parte do PSD.
O candidato socialista disse esperar que "o PSD se lembre de apresentar alguma proposta para a Europa" e recomendou a Paulo Rangel que "o faça porque, de facto, é assim que se pode elevar o debate e esclarecer a pessoas" para irem votar nas europeias.
O ex-governante falou com a Lusa à margem de um almoço com militantes e dirigentes do partido em Loulé, no Algarve, antes de assistir ao corso de Carnaval da cidade algarvia, num momento de pré-campanha "mais descontraído" e para "desconstruir a ideia de que os políticos são todos muito sérios e formais".
Sobre as críticas de Paulo Rangel ao ministro das Finanças, Mário Centeno, por o Novo Banco voltar a pedir uma nova injeção de capital (1.149 milhões de euros) ao Fundo de Resolução, Pedro Marques disse que o "ministro já se disponibilizou para esclarecer deputados", comparecendo no parlamento, e que "o caminho deve ser esclarecer e não passar o tempo a dizer mal".
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