O debate quinzenal que começou esta manhã é marcado pela troca de provocações entre o PSD e o PS. Da bancada social-democrata, Pedro Passos Coelho criticou os números do défice apresentados por António Costa, por não incluírem o corte de 956 milhões de euros em investimento, o encaixe com o PERES (programa de redução do endividamento do Estado), e não só. Sem estas medidas extraordinárias, o défice seria 3,4% do PIB, indicou o líder do PSD. "Está em condições de dizer qual foi o saldo orçamental corrigido de medidas extraordinárias?", questionou Passos.
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Em resposta, Costa assegurou que o Governo teve "melhores resultados com uma política diferente da sua, com uma política que pôs as pessoas à frente" das políticas". Apesar da insistência quanto aos números do défice, Costa não respondeu. "Terá a resposta quando o diabo cá chegar", concluiu.
Ainda sobre a TSU, Passos Coelho pediu aos socialistas para a partir de agora contarem "por princípio com a oposição do PSD". "Quando precisar do PSD para alguma coisa importante, primeiro peça", terminou, com aplausos de pé da bancada social-democrata.
Catarina Martins congratula-se pelo chumbo da TSU
A conquista do chumbo da TSU "foi acabar de vez com a ideia de que o aumento do salário mínimo tem de ser compensado". "Essa ideia morreu. Paz à sua alma", afirmou. "Deixemos o PSD no seu labirinto e vamos ao que interessa."
A coordenadora bloquista preferiu falar sobre as escolas, tendo Costa garantido que as obras arrancarão em 200 escolas do país (no rescaldo do encerramento da Escola Alexandre Herculano). Questionou ainda a autorização dada pelo Governo à exploração de petróleo em Aljezur e relembrou Almaraz.
Cristas aperta com dívida pública
De seguida, Cristas questionou se "há ou não há redução do défice em termos nominais", na linha do PSD. Depois, a líder bloquista insistiu com Costa sobre qual era a dívida pública do país. O primeiro-ministro relembrou que esta tinha descido 1%. "Vejo um Primeiro-Ministro que nem tem a coragem de divulgar um número", atirou Cristas. "O défice baixou, a senhora não gosta. A senhora está infeliz", respondeu Costa.
PCP fala de precariedade
Por sua vez, Jerónimo de Sousa colocou a precariedade no debate, criticando os estágios profissionais e outras práticas. "Para quando as políticas que impedem as empresas de recorrer a estas estratégias?", perguntou. Costa reconheceu que os "estágios são convertidos em fórmulas de precariedade laboral".
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