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PAN disponível para aprofundar relação com PS mas diz que "continua tudo em aberto"

09 de outubro de 2019 às 14:55
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Segundo André Silva, o PAN defende "que deve aprofundar o relacionamento que tem com o Partido Socialista à semelhança e nos moldes que foi a legislatura anterior, com apoios pontuais".

O porta-voz doPAN, André Silva, manifestou esta quarta-feira a disponibilidade do partido para aprofundar a relação com o PS através de acordos pontuais, mas ressalvou que "continua tudo em aberto", tendo ficado acordada nova reunião para a semana.

"Como já referimos, nós estaremos disponíveis, à partida, para aprofundar aquilo que é uma relação entre o Partido Socialista em apoios pontuais, quer em processo legislativo ordinário, quer ao nível do Orçamento de Estado, no entanto ficou estabelecido que esta foi uma primeira reunião", disseAndré Silva, que falava aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, no final da reunião entre o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e o Partido Socialista (PS).

Esta foi o segunda de uma série de encontros que o PS marcou para hoje com os partidos à sua esquerda e o PAN, depois de o secretário-geral,António Costa- que encabeça a delegação -, ter sido indigitado como primeiro-ministro pelo Presidente da República na terça-feira à noite.

Notando que esta "foi uma reunião exploratória naquilo que podem ser os relacionamentos entre o PAN e o Partido Socialista ao longo desta legislatura", André Silva anunciou que haverá nova reunião "para a próxima semana".

"O que ficou em cima da mesa foi continuarmos a falar e a debater no sentido de percebermos de que forma é que podemos estabelecer mais convergências entre dois partidos", assinalou o dirigente, sublinhando que "não ficou nada fechado, não ficou nada definido, continua tudo em aberto".

Segundo o porta-voz, o PAN defende "que deve aprofundar o relacionamento que tem com o Partido Socialista à semelhança e nos moldes que foi a legislatura anterior, com apoios pontuais".

Pelo PS, estiveram presentes, além do secretário-geral e primeiro-ministro indigitado, António Costa, a secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, o presidente do partido, Carlos César e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

Com André Silva, até agora deputado único, estiveram também na reunião a deputada eleita Inês Sousa Real, o eurodeputado Francisco Guerreiro e o membro da Comissão Política Nacional Artur Alfama.

Nas eleições legislativas de domingo, o PAN aumentou a sua representação na Assembleia da República de um para quatro deputados.

Questionado sobre a possibilidade de integrar um entendimento que envolva vários partidos, como defendeu o Livre, André Silva apontou que "essa, para já, não tem sido uma solução" colocada em cima da mesa.

"Para nós o que é importante é fazer avançar as nossas propostas, as nossas causas, e acima de tudo que exista estabilidade governativa", continuou, assinalando que "o PAN estará interessado em aprofundar o relacionamento que tem com todos os partidos, nomeadamente com o Partido Socialista".

"Da mesma forma que agora o peso específico do PAN não contribui para uma estabilidade governativa no sentido de uma maioria parlamentar, tal como nos quatro anos anteriores, isso não nos impediu de termos uma postura proativa, construtiva, de estabelecimento de pontes com o Partido Socialista e com os outros partidos. É isso que vamos continuar a fazer daqui para a frente, e portanto nada se alterou relativamente à nossa postura", vincou.

Sobre a possibilidade de vir a apresentar uma moção de censura do Governo, o porta-voz do PAN disse "não descartar nada", mas apontou que nesta altura "essa questão não se coloca".

"O que me parece é que neste momento não há, de certeza absoluta, por parte do PAN uma apresentação de uma moção de censura", assinalou, acrescentando que "moções ou propostas dessa natureza fazem sentido em determinados contextos políticos" e que esta é uma situação "no abstrato" pelo que "não faz qualquer sentido" falar nisso.

Ainda assim, ressalvou que não sabe "o que vai acontecer no futuro", nem "que ações é que o Governo poderá ter".

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