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Operação Rota do Cabo leva à detenção de 22 pessoas

15 de outubro de 2019 às 21:48
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Procuradoria-geral Distrital de Lisboa anunciou a detenção de 22 pessoas no âmbito a operação Rota do Cabo, efetuada para desmantelar uma alegada rede criminosa de auxílio à imigração ilegal.

AProcuradoria-geral Distrital de Lisboa(PGDL) anunciou esta terça-feira a detenção de 22 pessoas no âmbito a operação Rota do Cabo, efetuada para desmantelar uma alegada rede criminosa de auxílio à imigração ilegal.

Em comunicado, a PGDL explica que foram hoje realizadas cerca de seis dezenas de buscas, 45 das quais domiciliárias, que decorreram em vários locais, incluindo organismos públicos e em três escritórios de advogados.

"No decurso das diligências foram efetuadas 22 detenções. Os detidos serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal para aplicação das medidas de coação", explica o documento,

Segundo a PGDL, no inquérito investigam-se crimes de "associação criminosa, auxílio àimigração ilegal, abuso de poder, corrupção e branqueamento".

Na operação estiveram envolvidos três magistrados do Ministério Público, três juízes de Instrução Criminal, três representantes da Ordem dos Advogados e 280 elementos da Polícia Judiciária.

"O inquérito encontra-se em segredo de justiça. A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público coadjuvado pela PJ", concluiu.

A Polícia Judiciária (PJ) já tinha adiantado que no decurso da operação Rota do Cabo realizou dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias e deteve dezenas de pessoas suspeitas de integrarem esta estrutura criminosa.

A estrutura criminosa, segundo a PJ, era "constituída por indivíduos com vastos antecedentes criminais e com ligações a redes internacionais que determinam e controlam os fluxos migratórios irregulares com origem em diversos países da Ásia Meridional e África".

Os detidos, com idades compreendidas entre os 28 e os 64 anos, são suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, de casamento por conveniência, de falsificação de documentos, de abuso de poder, de corrupção ativa e passiva, de branqueamento, de falsidade informática e acesso indevido, atividade criminosa que permitiu obter elevados proventos financeiros.

A operação foi realizada pela PJ, através da Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT), no âmbito de inquérito titulado pela 4.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Durante a operação foi dado cumprimento de mandados de busca e apreensão e mandados de detenção com o objetivo de "desmantelamento de uma organização criminosa responsável pela introdução ilegal em Portugal e na Europa, de milhares de imigrantes".

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