Portugal foi um dos seis países examinados pelo Comité Contra a Tortura da ONU e foi criticado pelo alegado uso da força e abusos contra pessoas pertencentes a grupos raciais e étnicos.
As condições de detenção, a sobrelotação das prisões, o alegado uso da força e outros abusos contra pessoas pertencentes a grupos raciais e étnicos são as principais preocupações do Comité da ONU contra a Tortura em relação a Portugal.
Os temas foram discutidos hoje, em Genebra, durante uma avaliação periódica ao abrigo da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
Durante a sua última sessão de 11 de novembro a 6 de dezembro de 2019, Portugal foi um dos seis países examinados pelo Comité Contra a Tortura da ONU.
No relatório apresentado, o Comité louva as iniciativas tomadas por Portugal para alterar as suas políticas e procedimentos a fim de proporcionar maior proteção aos direitos humanos e aplicar a Convenção, em particular, no que se refere à adoção da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não-discriminação, a 8 de março de 2018, que inclui um plano de ação para prevenir e combater a violência contra as mulheres e a violência doméstica, o combate ao Tráfico de Seres Humanos, a adoção da Estratégia de Reestruturação e Reabilitação da Rede de Estabelecimentos Penitenciários e o lançamento do III Programa de Ação para a Prevenção e Eliminação da Mutilação Genital Feminina.
Por outro lado, o Comité deixa transparecer a sua preocupação com as alegações de uso excessivo da força e outros abusos políticos contra pessoas pertencentes a grupos raciais e étnicos, as condições de detenção e a superlotação das instituições penitenciárias.
Para combater essas problemáticas, a Comissão recomenda que Portugal continue a tomar medidas de modo a garantir condições de detenção justas e igualitárias a todos os detidos, tais como o direito ao acesso a um advogado, inclusive durante as fases de investigação e interrogatório, a instalação de equipamento de videovigilância em todas as áreas dos centros de detenção, de modo a garantir a segurança de todos os detidos, recrutar e treinar um numero suficiente de funcionários prisionais para assegurar o tratamento adequado das pessoas presas ou detidas.
O Comité recomenda também medidas para garantir a alocação dos recursos humanos e materiais necessários para o cuidado médico e de saúde adequado dos presos e, por fim, eliminar a superlotação das instituições penitenciárias e outros centros de detenção através da aplicação de medidas não privativas de liberdade.
O Comité recomenda ainda que o Estado português assegure plena autonomia operacional do mecanismo nacional de prevenção da tortura com os recursos humanos e financeiros necessários.
ONU preocupada com condições de detenção nas prisões em Portugal
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A Cimeira do Alasca retirou dúvidas a quem ainda as pudesse ter: Trump não tem dimensão para travar a agressão de Putin na Ucrânia. Possivelmente, também não tem vontade. Mas sobretudo, não tem capacidade.
No Estado do Minnesota, nos EUA, na última semana, mais um ataque civil a civis — desta vez à escola católica Annunciation, em Minneapolis, durante a missa da manhã, no dia de regresso às aulas.
O famoso caso do “cartel da banca” morreu, como esperado, com a prescrição. Foi uma vitória tremenda da mais cara litigância de desgaste. A perda é coletiva.