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As conversas secretas de Marcelo e Costa e os momentos decisivos da crise

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 16 de novembro de 2023 às 07:00

Mandou o chefe de gabinete avisar Costa de que não convidasse ninguém para o Governo. E em abril estava convencido de que Galamba ia sair. Os dramas da hora decisiva do mandato e o Marcelo que não se mostra para as câmaras: o que telefona ao neto para discutir política, ia a Fátima na pandemia e anda por aí a pé, em Lisboa, todos os dias.

Terça-feira, 7 de novembro, começou mais cedo do que o habitual para Marcelo Rebelo de Sousa. António Costa tentou telefonar-lhe cedo, entre as 8h e as 8h30, mas o Presidente da República nem atendeu, estava ainda a dormir. É sabido que Marcelo se deita tardíssimo, dorme pouquíssimo, mas, se não tiver agenda, não é de madrugar. Na noite anterior, foi visto a sair da Expo, no seu carro pessoal, perto da meia noite – terá ido visitar um amigo – alheio à tempestade do dia seguinte. O primeiro-ministro, sem resposta, ligou para o chefe da Casa Civil, Fernando Frutuoso de Melo, precisava de falar pessoalmente com o Presidente da República, e acertou com este uma audiência para as 9h30 da manhã, em Belém.

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