Dia 29, 14h30. Um desfile de assessores do XXIV Governo Constitucional irrompe em São Bento. É a primeira reunião interministerial de membros de gabinete, coordenada por uma das sombras do primeiro-ministro Luís Montenegro. Não é um ministro, não é um secretário de Estado – e não é um assessor qualquer. Trata-se de Pedro Esteves, chefe de gabinete do presidente do PSD, um homem com um longo currículo de bastidores: liderou o gabinete da delegação do PSD em Bruxelas durante 12 anos, onde se afirmou como braço-direito de Paulo Rangel, e foi diretor de campanha em várias eleições, a mais recente a AD nas últimas legislativas. Com a vitória da coligação, foi escolhido para o núcleo duro de Montenegro como diretor de comunicação do Governo. Herda o título de João Cepeda no despacho de nomeação, mas não herda a máquina de comunicação – e as responsabilidades vão além.

O homem-sombra de Luís Montenegro

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