Porta-voz dos motoristas de matérias perigosas, Pardal Henriques, garante que greve que se iniciou esta segunda-feira levará "o tempo que for necessário".
O Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas assegurou que a greve que arrancou esta segunda-feira se vai prolongar até que a Antram apresente uma "proposta razoável" e reiterou que só serão cumpridas oito horas de trabalho diário.
"Os portugueses vão aguardar até que a Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] apresente uma proposta que seja razoável para que se possa desconvocar a greve. Até lá estaremos um dia, uma semana, um mês, o tempo que for necessário", garantiu o porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pardal Henriques.
O advogado do SNMMP falava hoje à noite aos jornalistas na sede da CLC - Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa, ponto escolhido para assinalar o início da greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias, que decorrerá por tempo indeterminado.
Pardal Henriques garantiu que os serviços mínimos decretados pelo Governo, entre os 50% e os 100%, serão cumpridos, mas reiterou que os motoristas só vão trabalhar oito horas por dia.
"Nós dissemos, desde o início, que vamos fazer apenas oito horas por dia. Se as escalas ultrapassarem as oito horas teremos de escolher quais são os serviços prioritários", sublinhou.
Quando terminou de falar com os jornalistas, Pardal Henriques, que chegou ao local numa trotineta elétrica, dirigiu breves palavras aos motoristas que ali se encontram concentrados, cerca de uma centena, ouvindo-se o grito de ordem "nem um passo atrás".
Segundo constatou a agência Lusa, pelas 01:00 encontravam-se no local algumas dezenas de militares da GNR a controlar todas as entradas e saídas para a CLC, sendo o ambiente calmo e sem registo de incidentes.
Em 15 de julho, o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o SNMMP entregaram um pré-aviso de greve e no sábado, após a realização de um plenário conjunto, decidiram manter a paralisação, na sequência de negociações infrutíferas nas últimas semanas com a Antram sobre progressões salariais.
Durante as primeiras horas do dia, o executivo liderado por António Costa irá avaliar o cumprimento dos serviços mínimos decretados, que variam entre os 50% e os 100%, e está preparado para aprovar, através de Conselho de Ministros eletrónico, a requisição civil.
O primeiro-ministro advertiu, no domingo, que as forças de segurança foram instruídas para assegurar o "devido sancionamento" em caso de incumprimento de uma eventual requisição civil, apelando para que impere o "bom senso".
O centro de coordenação operacional da Proteção Civil está desde domingo a avaliar duas vezes por dia quais as necessidades de resposta no âmbito do planeamento civil de emergência, face à greve dos motoristas.
Portugal está, desde sábado e até às 23:59 de 21 de agosto, em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido a esta paralisação, o que permitiu a constituição de uma Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), com 54 postos prioritários e 320 de acesso público.
Motoristas: Greve só termina quando Antram apresentar "proposta razoável"
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