O primeiro-ministro disse ter “três contas à ordem” e que “nenhuma delas apresentava um saldo superior a 50 salários mínimos nacionais”.
Luís Montenegro desmente as notícias que davam conta de que tinha escondido contas na apresentação da sua declaração de rendimentos à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos e negou ainda que tenha havido financiamentos de emrpesas ao PSD, como tinham avançado o jornal Expresso e o Correio da Manhã esta semana.
Miguel A. Lopes/ Lusa_EPA
O Expresso referia que o maior cliente da empresa de Montenegro está entre os principais doadores do PSD, referindo-se à família de Jorge Barros Rodrigues - dono da gasolineira que contratou a Spinumvivan para uma reestruturação - que doou mais de 30 mil euros ao partido desde 2018. Quase metade dessa quantia, 14.500 euros, foi doada desde que Luís Montenegro chegou à liderança do partido. O primeiro-ministro admitiu que "cidadãos, individualmente" podem ter feito "pequenos donativos", mas recusa que empresas privadas fizeram doações ao partido.
"Não há nenhum cliente dessas empresas que seja financiador do PSD, não há nenhuma empresa que financie o PSD, isso é proibido por lei", assegura. Reconhece, no entanto, que "há cidadãos que, individualmente, fazem pequenos donativos aos partidos" e que "é possível que alguns deles tenham relações familiares com dirigentes partidários e até com titulares de responsabilidades empresariais", disse o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas em Valpaços.
O Correio da Manhãafirma, por sua vez, que o primeiro-ministro escondeu contas bancárias que usou para a compra de um apartamento em Lisboa. Em resposta a esta notícia, Montenegro afirma que "ao longo dos últimos 25 anos" tem "sempre feito menção" das suas contas. "Foram pedidos esclarecimentos adicionais" pelo Ministério Público, "na sequência de uma notícia do Correio da Manhã, os esclarecimento foram dados e o assunto foi encerrado", sublinha. Ao pedido de esclarecimentos feito hoje pelos jornalistas, Luís Montenegro disse ter "três contas à ordem" e que "nenhuma delas apresentava um saldo superior a 50 salários mínimos nacionais".
Salientou ainda que não escondeu qualquer conta e repetiu que é o único político português que apresentou publicamente o valor das suas declarações de rendimentos nos últimos 15 anos. "Portanto, toda a gente sabe quanto é que eu ganhei nos últimos 15 anos, o dinheiro que eu ganhei das duas uma, ou foi gasto ou foi poupado. As contas de que estão a falar são as contas onde está esse dinheiro, o dinheiro que eu ganhei a trabalhar, não há um cêntimo nas minhas contas que não seja proveniente do trabalho, do meu e da minha família. Eu estou muito à vontade com isso", frisou.
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