Para Montenegro, a situação dos abusos de crianças no seio da Igreja Católica e "indescritível e inaceitável" e deve obrigar a "uma reflexão do legislador".
O presidente do PSD, Luís Montenegro, reiterou esta quarta-feira a concordância com o aumento dos prazos de prescrição dos crimes de abuso sexual de crianças e manifestou-se convicto de que "há todas as condições" para um consenso entre os partidos.
ANDRÉ KOSTERS/LUSA
Para Montenegro, a situação dos abusos de crianças no seio da Igreja Católica e "indescritível e inaceitável" e deve obrigar a "uma reflexão do legislador".
"Creio que há todas as condições para que no parlamento os partidos possam, para além da discussão de amanhã [quinta-feira], depois no trabalho especialidade concertar com o melhor modelo jurídico para dar corpo a essa preocupação [de aumento dos prazos de prescrição", referiu.
Para o líder do PSD, os abusos denunciados "devem implicar uma reflexão do legislador para além daquela que a própria Igreja deve tomar e das diligências e das decisões que também deve tomar".
A Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais na Igreja Católica validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas. Vinte e cinco casos foram enviados ao Ministério Público, que abriu 15 inquéritos, dos quais nove foram arquivados.
Os testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, o espaço temporal abrangido pelo trabalho da comissão.
No relatório, divulgado em fevereiro, a comissão alertou que os dados recolhidos nos arquivos eclesiásticos sobre a incidência dos abusos sexuais "devem ser entendidos como a 'ponta do iceberg'" deste fenómeno.
A comissão entregou à Conferência Episcopal Portuguesa uma lista de alegados abusadores, alguns no ativo, tendo esta remetido para as dioceses a decisão de afastamento de padres suspeitos de abusos e rejeitado atribuir indemnizações às vítimas.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.