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A Igreja não pretende "encobrir nada", garantiu ainda o bispo, ao salientar que, no caso de uma pessoa suspeita, "com identificação clara e sem que isso signifique já uma condenação, deve ser retirada do serviço que se faz".
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou discordar da opinião do Presidente da República, que se manifestou desiludido com a resposta da Igreja ao relatório da comissão independente sobre abusos sexuais de menores.
Mariline Alves/Cofina Media
"Toda a gente tem direito de se iludir ou desiludir. Eu respeito muito o Presidente da República, respeito muito a opinião dele. Não concordo, mas respeito", afirmou à RTP o bispo José Ornelas.
Na quinta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou-se desiludido com a resposta da CEP ao relatório sobre abusos sexuais de menores na Igreja Católica Portuguesa e defendeu uma reparação das vítimas.
Em entrevista à RTP e ao Público, previamente gravada no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "foi uma desilusão a posição da Conferência Episcopal", considerando que foi tardia e "ficou aquém em todos os pontos que eram importantes".
Em declarações sábado ao canal público, José Ornelas, que também lidera da diocese de Leiria-Fátima, garantiu que a Igreja está a assumir as suas responsabilidades neste processo.
"Se alguém ler com a atenção o comunicado que a gente fez, que significa um traçar de rumos, que é aquilo que era preciso na primeira reunião, dizer que a Igreja não assume responsabilidades, não. Está lá escrito claramente e é isso que estamos a fazer", assegurou o presidente da CEP.
A Igreja não pretende "encobrir nada", garantiu ainda o bispo, ao salientar que, no caso de uma pessoa suspeita, "com identificação clara e sem que isso signifique já uma condenação, deve ser retirada do serviço que se faz".
"Para identificar as pessoas e para identificar aquilo que são suspeitas, é preciso ter algum dado com solidez, se não vamos fazer caça às bruxas", alertou.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a estrutura que reúne os bispos das dioceses em Portugal ficou desde logo "aquém no tempo", pela demora em reagir publicamente ao relatório final da comissão independente.
"Ficou aquém ao não assumir a responsabilidade – para mim é o mais grave", prosseguiu o Presidente da República. "Como é que não responde a Igreja Católica por atos praticados por quem que, além de invocar o múnus da fé, é representante de uma Igreja, certificado, legitimidade, mandatado para a sua missão pastoral? Como? É incompreensível", considerou.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa, constituída por decisão da Conferência Episcopal Portuguesa e coordenada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas.
Os testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, o espaço temporal abrangido pelo trabalho da comissão.
A comissão entregou uma lista de alegados abusadores no ativo à Conferência Episcopal Portuguesa.
No relatório, divulgado em fevereiro, a comissão alertou que os dados recolhidos nos arquivos eclesiásticos sobre a incidência dos abusos sexuais devem ser entendidos como a "ponta do iceberg".
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