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Ministério responde a greve de fome com auditoria sem prazos

Leonor Riso
Leonor Riso 24 de maio de 2021 às 19:57

Há quinze dias que Luís Dias está em greve de fome em frente ao Palácio de Belém. As respostas foram desanimadoras: "Nada garante que se sair daqui não chutem o assunto para daqui a um ano."

Há 15 dias em greve de fome, Luís Dias reuniu-se esta segunda-feira com o secretário de Estado da Agricultura Rui Martinho para discutir a falta de respostas sobre a sua quinta de exploração de amoras na Zebreira, Castelo Branco. Por duas vezes, a Direção Geral de Agricultura e Pescas do Centro (DRAP Centro) negou verbas à quinta, e foi sempre contrariada. Primeiro, pelo Tribunal de Contas Europeu que recomendou a apresentação de uma queixa-crime ao Ministério Público, por má gestão de fundos comunitários; depois, pela Provedora de Justiça e pelo próprio Ministério da Agricultura. Os prejuízos levaram Luís Dias a avançar com um processo em tribunal contra o Estado em que pede uma indemnização. Entretanto, a sua casa já foi entregue ao banco devido aos empréstimos contraídos para investir na quinta, que ainda não deu uma colheita.

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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".