O presidente do Governo Regional da Madeira afirmou estar de "consciência tranquila" e que vai colaborar com as autoridades competentes.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, está a prestar declarações à comunicação social, à porta da Quinta Vigia, residência oficial do executivo madeirense,na sequência das buscas efetuadas esta quarta-feira na Madeira. Foram detidos três suspeitos, incluindo o presidente da Câmara Municipal do Funchal.
João Cortesão
Miguel Albuqerque informou que tanto ele como o executivo estavam a colaborar com as autoridades judiciais, confirmando que as investigações dizem respeito a concursos para obras públicas. "Todos os elementos solicitados estão a ser dados às autoridades competentes e estamos de consciência tranquila", afirma. "Eu nunca roubei nada a ninguém e a mim ninguém me compra", sublinhou o presidente do Governo Regional da Madeira.
O social-democrata não confirmou se foi constituído como arguido e negou ter condicionado de alguma forma a comunicação social da Madeira. Alegadas ações que visavam condicionar ou evitar a publicação de notícias prejudiciais à imagem do Governo madeirense estão entre os factos em investigação
Foram realizadas esta quarta-feira diligências de busca para identificação e apreensão de documentos e outros meios de prova de interesse para a investigação de suspeitas de crimes. As buscas aconteceram em mais 60 locais e foram cumpridos mais de uma centena de mandados de busca. Em causa estão suspeitas relativas à área da contratação pública, essencialmente sobre o elevado número de contratos de empreitada celebrados pelo Governo Regional da Madeira e várias entidades públicas da Região Autónoma com empresas da região.
A operação abrange três inquéritos iniciados pelo Ministério Público, que investigam negócios privados do presidente do Governo Regional da Madeira. Estes negócios envolvem também outros membros do Governo e autarquias madeirenses, como a câmara do Funchal, que é liderada por Pedro Calado.
Miguel Albuquerque é suspeito de crimes de corrupção, participação económica em negócio e prevaricação e também de eventual violação de regras comunitárias em matéria de adjudicação. Em causa está uma investigação aberta em 2019 no Funchal, que aSÁBADOrevelou em maio de 2020.
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