Apesar da surpresa aquando da luz verde à proposta do BE que anula a transferência de 476 milhões de euros do Fundo da Resolução destinada ao Novo Banco, os bloquistas não mudaram a intenção de manter o voto contra final ao documento.
A Mesa Nacional do BE confirmou o voto contra na votação final do orçamento, depois de o PS se ter oposto a todas as alterações apresentadas pelos bloquistas, que conseguiram aprovar apenas a proposta do Novo Banco graças ao PSD.
Apesar da surpresa, na quarta-feira à noite, reta final das maratonas de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) , aquando da luz verde à proposta do BE que anula a transferência de 476 milhões de euros do Fundo da Resolução destinada ao Novo Banco, com votos favoráveis do PSD, PCP e PAN, os bloquistas não mudaram a intenção de manter o voto contra final ao documento.
Fonte oficial do partido adiantou à agência Lusa que a Mesa Nacional do BE, órgão máximo entre convenções que se reuniu eletronicamente na quarta-feira à noite, aprovou a resolução da Comissão Política do partido, que defendeu a manutenção do voto contra na votação final global do OE2021 com o argumento de que "o processo parlamentar não melhorou a proposta" suficientemente para a poder viabilizar.
"A Mesa Nacional constata que o processo parlamentar não melhorou a proposta de Orçamento em termos que permitam ao Bloco a sua viabilização. Assim, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda manterá, na votação final global, o voto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2021", referia a resolução aprovada.
Ao longo dos quatro dias de votação na especialidade, o PS votou contra as 12 e únicas medidas que o BE trouxe para a especialidade nas áreas da saúde, emprego, proteção social, para além do Novo Banco.
"Portugal foi um dos países da União Europeia que menos investiu em percentagem do PIB na resposta à crise pandémica e essa falta de resposta agrava-se com o Orçamento do Estado para 2021 proposto pelo governo", refere o texto aprovado da Comissão Política.
Segundo a resolução, o BE "empenhou-se na negociação do OE2021 durante vários meses, mas o Governo manteve uma postura intransigente em matérias centrais, insistindo numa resposta de mínimos que é desajustada às circunstâncias de crise pandémica, económica e social que o país atravessa".
Há dois dias, quando já decorriam as votações, a coordenadora do BE, Catarina Martins, lamentou então que até ao momento o PS não tivesse aprovado alterações bloquistas ao Orçamento do Estado, mas afirmava que mantinha "a esperança" de que as votações na especialidade pudessem "ainda trazer alguma novidade substancial".
A votação final global do OE2021 está marcada para hoje, após o debate de encerramento da especialidade.
Mesa Nacional do BE confirma voto final contra o Orçamento
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.