Sábado – Pense por si

Menos de 10% das vagas médicas por preencher

O bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, entende que este concurso "terá sido um daqueles em que mais recém-especialistas concorreram".

O concurso para a entrada de médicos recém-especialistas no Serviço Nacional de Saúde ficou com 117 das 1.234 vagas por preencher, mas a Ordem sublinha que a proporção de candidatos é até mais alta que o habitual.

"Este concurso abriu mais vagas do que os potenciais candidatos. Numa análise que é ainda superficial, a percentagem de candidatos recém-especialistas deste concurso é mais alta do que o habitual. Isto mostra que quanto mais cedo abrem os concursos, maior é a percentagem de ocupação de vagas", disse à agência Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos.

O jornalPúbliconoticia hoje que das 1.234 vagas postas a concurso, concorreram 1.117 médicos, ficando por preencher 117 vagas (menos de 10%).

O bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, entende que este concurso "terá sido um daqueles em que mais recém-especialistas concorreram", indicando que houve até várias especialidades com mais candidatos do que vagas abertas.

As várias estruturas médicas pressionaram este ano o Governo para que não se atrasasse a abrir os concursos para os jovens que terminaram o internato este ano, depois de no ano passado o concurso ter demorado mais de 10 meses a abrir.

Quando foram anunciadas as 1.234 vagas para o concurso deste ano, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, explicou que abriu entre "10% a 15% de vagas acima dos médicos que terminaram o internato", sobretudo para tentar captar médicos de fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em relação a este objectivo, o bastonário dos Médicos entende que pode ter falhado, mas indica que é necessário aguardar por dados mais concretos do Ministério da Saúde.

Das 1.234 vagas, 378 eram para medicina geral e familiar e 856 para áreas de especialidade hospitalar e para saúde pública.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.