O corpo docente das escolas públicas portuguesas está em queda e envelhecido, com apenas 0,4% dos professores com menos de 30 anos.
O corpo docente das escolas públicas portuguesas está em queda e envelhecido, com apenas 0,4% dos professores com menos de 30 anos, revela o relatório Estado da Educação 2017 do Conselho Nacional de Educação (CNE).
No que diz respeito ao ensino pré-escolar, básico e secundário, entre 2007-2008 e 2016-2017 as escolas perderam 30.370 docentes, registando um total, no último ano letivo em análise no relatório, de 145.549 profissionais.
A quebra deu-se quase por inteiro no sistema público, que perdeu 28.426 docentes, contra os 1.944 que saíram das escolas privadas.
O CNE ressalva, no entanto, que o ano letivo 2016-2017 inverteu a tendência de redução do número de professores nas escolas, mas exclusivamente à conta das entradas nas escolas públicas.
O ensino público tem professores cada vez mais velhos, com quase 80% do corpo docente com idades compreendidas entre os 40 e os 59 anos, sendo a faixa etária entre os 50 e os 59 aquela que tem maior representatividade, agregando 38,5% dos professores.
No setor privado quase 75% têm entre 30 e 49 anos e 6,2% dos docentes têm menos de 30 anos.
O relatório indica ainda que mais de 40% dos professores em Portugal beneficiam de uma redução horária, ou seja, do número de horas a que estão obrigados a lecionar, pelo facto de já terem mais de 50 anos.
Numa análise à evolução do total de funcionários nas escolas na década em análise pelo relatório, o ensino público registou um pico no total de funcionários em 2013-2014, com 57.988 trabalhadores não docentes, ano em relação ao qual se regista uma queda de mais de cinco mil funcionários em 2016-2017, com 52.585 trabalhadores.
No que diz respeito a despesas do Estado com educação, o relatório aponta para uma ligeira redução em 2017 face a 2016, ainda que ressalve que os dados relativos a 2016 são valores provisórios e que os relativos a 2017 são preliminares.
Ainda assim, os números indicam que a despesa cai 8,3 milhões de euros, de 8.545,8 milhões de euros para 8.537,5 milhões de euros.
Excluindo o ensino superior, a despesa do Estado cai de 6.254,1 milhões de euros para 6.222 milhões de euros no mesmo período.
No ensino básico e secundário o CNE destaca que em 2017 se atingiu a menor despesa com contratos de associação com os colégios privados na década, e o maior com contratos simples de apoio às famílias.
De um máximo de 237,3 milhões de euros gastos em 2010 com contratos de associação passou-se em 2017 para 92,6 milhões de euros. Em 2017 o Estado gastou ainda 23,2 milhões de euros com contratos simples no ensino privado.
Em queda está também a despesa com o ensino profissional, que depois de em 2010 ter ultrapassado 550 milhões de euros, fixou-se, em 2017, nos 380 milhões de euros.
Menos de 1% dos professores nas escolas públicas têm menos de 30 anos
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.