Clínico assumiu que falsificou os atestados para ajudar os cidadãos a permanecer em Portugal
Um médico do Hospital de Santo António, no Porto, foi condenado esta quarta-feira a uma multa de 4.000 euros por ter passado atestados falsos a duas pessoas, de nacionalidade estrangeira, também elas condenadas a multas de 330 e 400 euros.
A exercer há 27 anos nesta unidade de saúde, o médico foi condenado pelo Tribunal São João Novo, no Porto, pelo crime de passagem de atestado médico falso em 2010 e os dois arguidos pelo crime de uso de atestado médico falso.
"É compreensível que o senhor [médico] tenha querido ajudar os seus conterrâneos, mas é crime e tem de ser transmitido à sociedade que estes crimes não são admissíveis", disse o presidente do colectivo de juízes durante a leitura da decisão judicial.
O magistrado referiu que os arguidos estão bem inseridos na sociedade, não têm antecedentes criminais e precisavam dos atestados falsos para continuar a residir em Portugal e, assim, prolongar o visto temporário de residência.
"Percebo que queiram cá continuar a viver porque têm melhores condições de vida, mas isso não pode ser conseguido através de falsidades", referiu.
O juiz presidente lembrou que os documentos atestavam uma "falsa" doença para os dois cidadãos continuarem a viver em Portugal, visto que, nunca fizeram nenhum tratamento.
Durante o julgamento, o clínico de 58 anos assumiu que falsificou os atestados, mas com o único objetivo de ajudar os cidadãos a permanecer em Portugal, não tendo tido nunca o propósito de prejudicar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), nem o Hospital de Santo António.
Médico paga 4.000 euros por passar atestados falsos
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.