Sábado – Pense por si

Médico paga 4.000 euros por passar atestados falsos

14 de junho de 2017 às 16:55
As mais lidas

Clínico assumiu que falsificou os atestados para ajudar os cidadãos a permanecer em Portugal

Um médico do Hospital de Santo António, no Porto, foi condenado esta quarta-feira a uma multa de 4.000 euros por ter passado atestados falsos a duas pessoas, de nacionalidade estrangeira, também elas condenadas a multas de 330 e 400 euros.

A exercer há 27 anos nesta unidade de saúde, o médico foi condenado pelo Tribunal São João Novo, no Porto, pelo crime de passagem de atestado médico falso em 2010 e os dois arguidos pelo crime de uso de atestado médico falso.

"É compreensível que o senhor [médico] tenha querido ajudar os seus conterrâneos, mas é crime e tem de ser transmitido à sociedade que estes crimes não são admissíveis", disse o presidente do colectivo de juízes durante a leitura da decisão judicial.

O magistrado referiu que os arguidos estão bem inseridos na sociedade, não têm antecedentes criminais e precisavam dos atestados falsos para continuar a residir em Portugal e, assim, prolongar o visto temporário de residência.

"Percebo que queiram cá continuar a viver porque têm melhores condições de vida, mas isso não pode ser conseguido através de falsidades", referiu.

O juiz presidente lembrou que os documentos atestavam uma "falsa" doença para os dois cidadãos continuarem a viver em Portugal, visto que, nunca fizeram nenhum tratamento.

Durante o julgamento, o clínico de 58 anos assumiu que falsificou os atestados, mas com o único objetivo de ajudar os cidadãos a permanecer em Portugal, não tendo tido nunca o propósito de prejudicar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), nem o Hospital de Santo António.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.