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Marido de deputada no CSMP? Rio devia esperar até eleições, diz Montenegro

14 de dezembro de 2019 às 20:23
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"Não faz sentido que uma direção que, a meu ver, está de saída, escolher pessoas [para aqueles órgãos] quando tem mais um mês de trabalho político", afirma o candidato.

O candidato à liderança social-democrata Luís Montenegro defendeu hoje que as eleições para os órgãos exteriores à Assembleia da República deviam realizar-se só após as diretas no PSD, recusando fazer qualquer "juízo" sobre as escolhas de Rui Rio.

Luís Montenegro reagia, assim, à decisão do presidente social-democrata, que se recandidata à liderança, Rui Rio, ter indicado para o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) o advogado Rui Silva Leal, marido de Mónica Quintela, deputada e porta-voz do PSD para a área da Justiça.

À margem de um encontro com militantes, que decorre à porta fechada, em Coimbra, Luís Montenegro disse entender, "com toda a frontalidade, que esta eleição só deveria realizar-se depois de 11 de janeiro", dia das eleições diretas para a liderança social-democrata.

Os mandatos do CSMP e do Conselho Superior da Magistratura (CSM) têm a duração de "um mandato parlamentar", referiu, considerando que as respetivas eleições deveriam aguardar pela escolha da nova direção do PSD, que "é um dos principais partidos" da Assembleia da República.

"Não faz sentido que uma direção que, a meu ver, está de saída, escolher pessoas [para aqueles órgãos] quando tem mais um mês de trabalho político", salienta o candidato à liderança do PSD, que "lamenta profundamente que isso tenha sido feito", tanto mais que estas eleições não têm "nenhuma urgência".

Na anterior legislatura, as eleições para o CSMP e para o CSM aguardaram "uma temporada muito grande", cerca de seis meses, destacou Luís Montenegro, que, entretanto, "não quer fazer nenhum juízo de valor sobre nenhuma escolha".

Além de Luís Montenegro, são candidatos à liderança do PSD o atual presidente Rui Rio e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.

As eleições diretas para escolher o próximo presidente social-democrata realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o Congresso entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.

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