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Mariana Vieira da Silva, uma socióloga que sobe a ministra de Estado

A ascensão política de Mariana Vieira da Silva tornou-se evidente em termos públicos quando António Costa a escolheu para coordenadora da moção de estratégia que apresentou no último congresso dos socialistas em 2018. É vista como o "braço direito" do primeiro-ministro.

Mariana Vieira da Silva, considerada "braço-direito" deAntónio Costana última legislatura, mantém-se no elenco governativo, subindo a ministra de Estado com a tutela da Presidência, uma socióloga que chega ao núcleo central do executivo.

Na última remodelação ministerial da legislatura que agora termina, em fevereiro deste ano, Mariana Vieira da Silva passou de secretária de Estado Adjunta do primeiro-ministro (cargo que ocupava desde novembro de 2015) a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, substituindo no cargo Maria Manuel Leitão Marques que concorria então pelas listas do PS ao Parlamento Europeu.

Neste novo elenco que foi esta quarta-feira aceite pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a futura ministra de Estado e da Presidência perde a tutela da Modernização Administrativa e vai coordenar transversalmente a questão das desigualdades, um dos quatro desafios estratégicos do programa do Governo socialista.

Antiga praticante de natação de alta competição pelo Sporting, Mariana Vieira da Silva nasceu em 1978, em Lisboa, tem 41 anos, é licenciada em Sociologia pelo ISCTE-IUL e é filha do até agora ministro do Trabalho e da Segurança Social, José António Vieira da Silva.

Nos meios socialistas, é encarada como uma das principais conselheiras do líder do Governo, sendo considerada próxima do atual presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

No PS, já sob a liderança de António Costa, esteve envolvida na elaboração dos programas eleitorais de 2015 e daquele com que recentemente o PS se apresentou a eleições.

Foi em 2015 que a socialista assumiu, pela primeira vez, funções como governante, apesar de entre 2009 e 2011, ter sido adjunta no gabinete do então primeiro-ministro, José Sócrates e anteriormente trabalhado como assessora da ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues entre 2005 e 2009.

A ascensão política de Mariana Vieira da Silva tornou-se evidente em termos públicos quando António Costa a escolheu para coordenadora da moção de estratégia que apresentou no último congresso dos socialistas em 2018 - um documento que defendia o caráter essencial das políticas de aumento do salário mínimo e de atração de imigrantes ao país para compensar a curto prazo a quebra de natalidade.

Em termos académicos, concluiu a parte curricular do Doutoramento em Políticas Públicas, no ISCTE, encontrando-se a terminar uma dissertação sobre políticas de saúde e de educação em Portugal.

Fez parte da equipa organizadora do Fórum das Políticas Públicas, no ISCTE, e foi membro do Conselho Consultivo do Programa Gulbenkian para Cultura e Ciência, da Fundação Calouste Gulbenkian.

No plano profissional, o seu lugar de origem é na União das Mutualidades Portuguesas.

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