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Mais de metade dos administradores do Banco de Portugal vem da Banca

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 04 de março de 2020 às 16:26

Tese de doutoramento pioneira descreve as portas giratórias entre os regulados, os reguladores e a política, alertando para o perigo da captura dos órgãos de supervisão pelas entidades que são fiscalizadas.

Tinham passado pouco mais de dois meses da resolução do BES quando o director de supervisão prudencial do Banco de Portugal, Luís Costa Ferreira, abandonou o lugar. Para preencher o seu lugar, o Banco de Portugal foi buscar Carlos Albuquerque, director de um banco regulado pelo próprio Banco de Portugal, o BCP. Quase ao mesmo tempo houve uma mudança na chefia de Albuquerque: Pedro Duarte Neves saiu de administrador com o pelouro da supervisão prudencial e para o seu lugar entrou – directamente da administração de ouro regulado, o Banif – António Varela. Carlos Albuquerque ficou cerca de dois anos no regulador bancário, até sair directamente para outro regulado, a Caixa Geral de Depósitos, por convite de Paulo Macedo. Para ocupar o seu lugar, o Banco de Portugal recrutou precisamente o antecessor no cargo: Luís Costa Ferreira, que naquele intervalo foi sócio da auditora PwC. 

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