Este ano, já foram sinalizados pela GNR 549 idosos em situação de risco a instituições locais. Estas pessoas encontradas pelos militares carecem de apoio social e acompanhamento médico.

"Verificámos que para além das questões de segurança, existem outras questões sociais que precisam ser resolvidas", disse esta segunda-feira à Lusa o major Paulo Poiares, responsável da GNR. Paulo Poiares faz referência aos problemas de saúde ou "má nutrição" que muitos idosos costumam apresentar e também aos casos de abusos físicos e psicológicos, que são escondidos pelas vítimas na maioria das vezes.

Na operação "Censos Sénior", realizada em Abril de 2014 em todo o País, a GNR sinalizou i39.216 idosos a viverem sozinhos ou isolados. Este valor indica mais 5.253 pessoas do que em 2013. Paulo Poiares justificou que este aumento pode dever-se à cobertura de mais locais feita pelos militares que, deste modo, conseguem chegar a mais pessoas.

O trabalho da GNR junto da população idosa é desenvolvido em rede com outras instituições a nível local, como autarquias, juntas de freguesia, centros de saúde, Santa Casa da Misericórdia e a Segurança Social. Quando são detectadas situações de risco, o trabalho em rede procura trazer soluções envolvendo a família do idoso.

O acompanhamento dos idosos é feito diariamente pelos militares, através de visitas às suas residências. Quando as casas encontradas estão em estado de degradação e não apresentam condições de segurança, as pessoas são convidados a ir para um lar ou para um centro de dia. 

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