O presidente do CDS pediu ainda uma política cultural que respeite os aficionados.
O presidente do CDS-PP disse hoje, em Santarém, ser inadmissível a "política de gosto" e a "visão preconceituosa" da ministra da Cultura, Graça Fonseca, para com a tauromaquia, pedindo uma política cultural que respeite os aficionados.
Francisco Rodrigues dos Santos encontrou-se, a seu pedido, na praça de touros de Santarém, com a Associação Nacional de Grupos de Forcados, ouvindo queixas sobre o tratamento "discriminatório" ao setor, não só pelo IVA de 23% que lhe é aplicado, como pela limitação a uma lotação de 25%, que Diogo Durão, presidente da ANGF, assegurou inviabilizar a realização de eventos.
Para o presidente centrista, a tauromaquia "faz parte da cultura portuguesa", tem "raízes profundas na sociedade" e, "nos termos da lei, é considerada uma arte performativa que encerra em si um sistema de valores, de crenças e de tradições, que resultam da liberdade do povo português e da sua caracterização cultural".
O líder do CDS-PP considerou "inadmissível" a "perseguição fiscal", a "política de gosto" e "uma visão preconceituosa deste setor", apenas porque "a ministra da cultura não gosta da tauromaquia".
Como exemplos apontou o "IVA discriminatório face aos outros espetáculos culturais", de 23% em vez de 6%, o facto de estes eventos só passarem a ser permitidos a partir de 01 de julho, e não no "início da terceira fase de desconfinamento", como os restantes, e a lotação das plateias a um nível que torna estes eventos inviáveis.
"A ministra da Cultura não tem o direito de impor o seu gosto aos portugueses", declarou, referindo as várias profissões ligadas ao setor que se encontram inativas desde outubro, com risco de arrastar para a "pobreza" milhares de famílias e prejudicar financeiramente os concelhos onde se realizam eventos taurinos.
Para o presidente do CDS-PP, a utilização da praça de touros do Campo Pequeno, em Lisboa, para um espetáculo que contou com a presença das "mais altas figuras do Estado" e pessoas "amontoadas" nas plateias "sem respeitar as normas de segurança", num espaço vocacionado à tauromaquia sem que esta tenha igual direito, é um dos exemplos da falta de "coerência" do Governo.
Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que o Governo está a falhar no controlo da situação epidemiológica do país precisamente porque "não consegue ter um discurso coerente" e por estar, "permanentemente, a emitir sinais contraditórios aos portugueses".
Líder do CDS critica "política de gosto" que "discrimina" tauromaquia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.