O secretário-geral do PCP afirmou que "é insuficiente" a meta do primeiro-ministro de aumentar o salário mínimo para 750 euros, em 2023, e prometeu que o partido estará sempre no "combate por novos avanços".
O secretário-geral doPCPafirmou este sábado que "é insuficiente" a meta do primeiro-ministro, António Costa, de aumentar o salário mínimo para 750 euros, em 2023, e prometeu que o partido estará sempre no "combate por novos avanços".
"OuvimosAntónio Costadefender a meta de 750 euros para o ano de 2023, mas nós continuamos a dizer que é insuficiente e isso vê-se na nossa proposta de 850 euros. Vamos continuar a nossa luta", afirmou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista falava num comício no salão dos bombeiros do Seixal, no distrito de Setúbal, onde criticou a meta assumida hoje por António Costa para o novoGovernoe reafirmou a "emergência nacional que constitui o aumento geral dos salários para todos os trabalhadores".
Nesta intervenção,Jerónimo de Sousalembrou que hoje há "uma situação política diferente daquela que se apresentava há quatro anos", com a tomada de posse do Governo minoritário do PS.
Ainda assim, frisou que "a estabilidade política garante-se dando resposta aos problemas nacionais" e que, se o PS tivesse obtido maioria absoluta, "ela não seria um fator de estabilidade, mas sim instabilidade para a vida, os direitos e rendimentos do povo português".
Da parte do PCP, garantiu que os militantes podem contar com "uma intervenção que honrará os compromissos assumidos" e que estará "na linha da frente do combate por novos avanços".
"Foi com essa perspetiva que ontem [sexta-feira], no primeiro dia de funcionamento da Assembleia da República, o grupo parlamentar do PCP fez entrar um conjunto de iniciativas legislativas que correspondem aos compromissos assumidos na campanha eleitoral, bem como a medidas urgentes que visam a resposta a problemas imediatos", indicou.
Além do aumento do salário mínimo, o líder comunista defendeu que é preciso um maior investimento Serviço Nacional de Saúde, na educação e na cultura, três setores que "o Governo PS, nestes últimos quatro anos, tem recusado".
"Todos nós sabemos que o subfinanciamento crónico do Serviço Nacional de Saúde e a parasitação dos dinheiros públicos pelos grupos privados têm conduzido à degradação dos serviços e ao seu encerramento e transferência, como tem vindo a acontecer com a urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada", frisou.
Além disso, para Jerónimo de Sousa, a "falta de profissionais, particularmente médicos, também é a grande responsável pelo facto de mais de 600.000 portugueses continuarem sem médico de família", como é o caso do Seixal e Almada, onde "mais de 30.000 utentes" não têm este serviço.
Já na educação, o secretário-geral do PCP, considerou que "os factos desmentem a afirmação do Governo" de que o início do ano letivo se caracteriza pela normalidade, uma vez que "faltam milhares de auxiliares, muitas centenas de horários continuam por preencher e muitos alunos continuam sem aulas".
Na visão do líder comunista, também "falta investimento no apoio às artes", o que é visível pela "insatisfação dos homens e mulheres da cultura".
Inicia-se uma nova legislatura, em que o PCP não conseguiu afastar a política de direita, mas Jerónimo de Sousa garantiu que o partido "cá estará colocando como necessária a concretização da alternativa patriótica e de esquerda que um governo PS não assegura".
Jerónimo diz que aumento do salário mínimo para 750 euros "é insuficiente"
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".