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Jerónimo de Sousa apela ao fim das portagens no Interior

O secretário-geral do PCP frisou que o pagamento impede o desenvolvimento regional e que vai contra as "declarações de amor" por aquele território.

O secretário-geral do PCP apelou, na sexta-feira, ao fim das portagens nas autoestradas do Interior, frisando que o pagamento impede o desenvolvimento regional e que vai contra as "declarações de amor" por aquele território.

Jerónimo Sousa
Jerónimo Sousa PCP
Jerónimo Sousa
Jerónimo Sousa
Jerónimo Sousa PCP
Jerónimo Sousa

"Vimos sucessivos governos fazerem grandes declarações de amor pelo Interior, mas a verdade é que quando vêm as medidas, soçobram. Aqui está um exemplo concreto: acaba-se com as portagens, como uma das grandes medias para o desenvolvimento do distrito de Castelo Branco, das suas cidades e das suas gentes", afirmou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava, na sexta-feira ao final da noite, no Fundão, distrito de Castelo Branco, onde participou num jantar/convívio dedicado ao tema "Valorizar os Trabalhadores - Mais força ao PCP".

Apontando uma das principais reivindicações daquela região, Jerónimo de Sousa garantiu que "o PCP está empenhado e junto com os utentes" na luta contra as portagens na A23 e lembrou que, em 2017, apresentou na Assembleia da República (AR) um projecto-lei no qual propôs que o Governo adoptasse medidas com vista à eliminação das portagens nas ex-Scut [vias sem custo para o utilizador].

Lembrou que entre os argumentos apresentados na altura, e que se mantêm, está, por exemplo, a denúncia de que a redução de 15% implementada anteriormente "se revelou insuficiente" para a garantia da mobilidade das populações, mas também da mercadoria e para o apoio ao desenvolvimento regional.

"A eliminação das portagens nas ex-Scut é uma medida para combater as assimetrias regionais, para o crescimento económico e mobilidade das populações", frisou, citando a proposta apresentada na AR.

Para o líder comunista, é hora de se assumir esta medida, principalmente "num quadro em que tanta gente tem abordado a necessidade de olhar para o Interior", nomeadamente "ex-ministros que tiveram responsabilidade política em relação a este agravamento da situação".

Nesta sessão, Jerónimo de Sousa reiterou ainda críticas recente acordo de concertação social para a legislação laboral, frisando os inúmeros aspectos que considera negativos e voltando a desafiar o PS para que aprove os seis projectos de lei que serão apresentados pelo PCP, no âmbito do debate do pacote da legislação laboral.

"São seis projectos-lei que, ao contrário das propostas do Governo, visam limitar as possibilidades de contratação a prazo, de trabalho temporário, limitar o despedimento colectivo, a extinção do posto de trabalho e [visam ainda] a revogação do despedimento por inadaptação, bem como garantir a reposição das indemnizações por despedimento, ou o directo a férias na administração pública e no sector privado".

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