O vento forte e a orografia do terreno, com encostas de pendente acentuada e vales encaixados, aliado ao muito fumo, têm dificultado, segundo autarcas locais, o combate ao incêndio.
O incêndio florestal que eclodiu na serra do Açor, no município de Arganil, no distrito de Coimbra, estendeu-se aos concelhos vizinhos de Oliveira do Hospital e de Seia (Guarda), disseram fontes naqueles locais.
Fogo de Arganil estende-se a Oliveira do Hospital e SeiaPAULO CUNHA/LUSA
Em declarações à agência Lusa, cerca das 16:00, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, Francisco Rolo, disse que as chamas entraram durante a tarde de hoje no sul do território concelhio -- que faz fronteira com Arganil -- perto da localidade de Gramaça, mas na encosta da serra e não ainda junto àquela povoação.
"O risco é subir a encosta e chegar à aldeia que fica onde começa o concelho de Oliveira do Hospital. E depois há outra frente do fogo que está a descer lentamente a serra do Açor em direção à aldeia de Chão Sobral que, também, está de alguma forma ameaçada", constatou o autarca.
Em Chão Sobral, segundo Francisco Rolo, foi feita uma retirada voluntária de 18 pessoas, deslocalizadas para uma zona de coordenação e apoio situada na aldeia da Ponte das Três Entradas, a noroeste, local onde o rio Alvoco desagua no rio Alva.
"Neste momento estamos a vigiar toda aquela zona, as aldeias de Chão do Sobral, de Parente ou o santuário da Senhora das Preces. O fogo está em cima, na linha de cumeada, e está a ser atacado por bombeiros, por máquinas de rasto e por meios aéreos", explicou o autarca.
"Obviamente que estamos vigilantes e com os meios todos posicionados no terreno", adiantou o autarca, assinalando que os bombeiros se encontram nas várias aldeias da serra do Açor e que Oliveira do Hospital ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.
Para Francisco Rolo, uma das soluções para o incêndio que lavra na serra do Açor são os meios aéreos: "Antes que o vento mude de direção e aumente de intensidade, é preciso atacá-lo com meios aéreos e ter os meios pesados dos bombeiros a proteger as aldeias. Da nossa parte está tudo preparado se forem necessárias evacuações", enfatizou.
Já do outro lado da encosta da freguesia do Piódão, em direção a nordeste, a frente que ameaçou durante a manhã a povoação de Chãs de Égua passou para o concelho vizinho de Seia, já no distrito da Guarda, para o território da União de Freguesias de Vide e Cabeça.
A reportagem da Lusa constatou isso mesmo, junto à aldeia de Cide, povoação onde se concentravam diversos operacionais e viaturas dos bombeiros na defesa daquela povoação.
No município de Arganil, para além de Chãs de Égua e Foz de Égua (freguesia do Piódão), as chamas rondaram as localidades de Porto Silvado, Sobral Magro e Vale do Torno, entre outras, já na freguesia de Pomares, no mesmo concelho.
O vento forte e a orografia do terreno, com encostas de pendente acentuada e vales encaixados, aliado ao muito fumo, têm dificultado, segundo autarcas locais, o combate ao incêndio.
O dispositivo operacional no terreno foi reforçado, e, pelas 16:45, de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 621 operacionais, apoiados por 188 viaturas e nove meios aéreos.
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