Em 1969, um sismo de magnitude 7.9 na escala de Richter sentiu-se em todo o País, causando grandes danos no Algarve. 13 pessoas morreram.
O sismo sentido na madrugada desta segunda-feira, 26 de agosto, foi o mais intenso desde o de 28 de fevereiro de 1969. O tremor de terra de magnitude 7.9 na escala de Richter - o desta madrugada registou 5.3 na mesma escala - teve epicentro a 230 quilómetros a sudoeste de Lisboa e causou fortes danos no Algarve.
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Este sismo, o mais forte registado em Portugal e na Europa desde o século XX, teve uma profundidade focal estimada entre 22 e 33 quilómetros. Nas estações sismográficas de Coimbra e Lisboa, o sismo foi registado às 3h41, com intensidades de VI-VII na escala Mercalli modificada em Lisboa, e atingindo o grau VIII no Algarve.
O impacto foi sentido até 1.300 quilómetros do epicentro, o que inclui cidades como Bordéus, Canárias e noutras regiões. Em Portugal Continental, o sismo causou grande alarme e pânico, interrompendo telecomunicações e o fornecimento de energia elétrica. Houve um total de 13 mortes, sendo 2 diretamente causadas pelo sismo e 11 de forma indireta (ou seja, de patologias causadas pelo sismo, como "síncopes", segundo a imprensa da altura). Em Espanha e Marrocos também foram reportadas vítimas.
Além disso, o sismo gerou um pequeno tsunami, registado em vários marégrafos ao longo das costas de Portugal, Espanha e Marrocos, embora tenha passado praticamente despercebido pela população. O fenómeno também causou grande agitação em dois navios que navegavam perto do epicentro, surpreendendo e alarmando as tripulações.
Ao Diário de Lisboa, João Rocha, o terceiro piloto da embarcação Manuel Alfredo, relatou o sucedido: "Parecia que estávamos a andar por cima de rochas, que o navio subia escadas. Não recebendo ordens de cima parei as máquinas por julgar que encalháramos... Não sabia onde mas dava a sensação de que o barco trepidava em cima de lajes."
Na imprensa da altura, ficou patente o pânico sentido. O Diário de Notícias fez a manchete "Forte tremor de terra sacudiu quase todo o país", já O Século dava conta dos prejuízos e do pânico sentido pela população.
Várias pessoas saíram à rua, muitas de pijama e sem agasalhos, e com frio, refere o DN. "No exterior todos tremiam de frio; a humidade era muita; caía uma cacimba, mais rigorosamente uma chuva miudinha, que penetrava nos ossos, refreando todo o ser. Mas muitas pessoas nem por isso davam, tal a angústia que os dominava por completo."
Em Bensafrim, Algarve, caíram 20 casas, de acordo com o IPMA.
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