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Greve na Menzies cancela 12 partidas e 8 chegadas no aeroporto de Lisboa

Lusa 11:18
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As greves foram convocadas pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins e pelo Sindicato dos Transportes, pelo fim de vencimentos base abaixo do mínimo nacional, melhores salários e cumprimento do pagamento das horas noturnas.

Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, até cerca das 10:00, disse o secretário-geral do SIMA, José Simões, à Lusa.

A greve dos trabalhadores da Menzies vai durar quatro dias
A greve dos trabalhadores da Menzies vai durar quatro dias

Os trabalhadores da Menzies, ex Groundforce, iniciaram esta sexta-feira a segunda greve de quatro dias, de um total de cinco paralisações marcadas para o verão, época alta do turismo, com empresa e sindicato a trocar acusações de indisponibilidade para o diálogo.

As greves foram convocadas pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (ST), pelo fim de vencimentos base abaixo do mínimo nacional, melhores salários, cumprimento do pagamento das horas noturnas, entre outras reivindicações, com este segundo período, que começou às 00:00 de hoje, a terminar às 24:00 de segunda-feira.

Em comunicado enviado na quinta-feira, o SIMA considerou que "esta greve é o resultado direto da intransigência da administração da Menzies, representada pelo seu vice-presidente Rui Gomes, que optou pelo confronto em vez do diálogo, recusando soluções que respeitassem os direitos dos trabalhadores e os interesses do país".

Para o sindicato, "em plena época alta do turismo, a Menzies e a TAP optaram por virar costas aos seus profissionais, aos clientes e a todos os que visitam Portugal, com uma postura arrogante, irresponsável e calculada".

"Perante os problemas laborais persistentes e justas reivindicações dos trabalhadores, a resposta da Menzies e da TAP foi clara, não negociar", vincou.

Já um porta-voz da Menzies lamentou, em declarações enviadas à comunicação social na quinta-feira, "que os sindicatos insistam em promover uma narrativa distorcida, baseada em alegações infundadas e demonstrem falta de disponibilidade para um diálogo justo e honesto".

"Lamentamos ainda que tenha sido convocada uma greve com base em argumentos deturpados e infundados, e apelamos a um diálogo construtivo, com vista a evitar perturbações desnecessárias para os passageiros numa altura de grande atividade no setor da aviação", salientou ainda a britânica Menzies Aviation, que detém 50,1% da antiga Groundforce (os restantes 49,9% mantiveram-se na TAP).

A primeira greve de trabalhadores de assistência em escala, entre 25 e 28 de julho, levou ao cancelamento de várias dezenas de voos no aeroporto de Lisboa, atrasos e casos em que os aviões partiram apenas com passageiros, sem bagagem nem carga, segundo o sindicato.

Para esta greve, André Silva, porta-voz do SIMA, disse à Lusa esperar um impacto semelhante.

Estão marcadas paralisações até ao último fim de semana deste mês, na totalidade dos dias entre 15 e 18 de agosto, 22 e 25 de agosto e 29 de agosto e 01 de setembro.

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