Os produtos frescos, que são distribuídos todos os dias, são os mais difíceis de armazenar. Foram reforçados produtos com maior prazo de validade. Tudo depende dos serviços mínimos.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) está "bastante tranquila" com o anúncio dos serviços mínimos decretados pelo Governo para a greve dos motoristas, com início na segunda-feira, disse hoje à Lusa o diretor-geral.
O Governo fixou na quarta-feiraos serviços mínimos para a greve, que se inicia na segunda-feira por tempo indeterminado, depois das propostas dos sindicatos e da associação patronal Antram terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluiriam trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
"A APED está bastante tranquila com o anúncio dos serviços mínimos, vem muito ao encontro do que achamos que é razoável dentro de uma lógica do respeito que temos pelo direito à greve, mas também de serviço e apoio aos consumidores em bens essenciais, sobretudo numa altura de férias, numa altura de um afluxo de turistas ao nosso país", afirmou Gonçalo Lobo Xavier.
"Achamos que estes serviços mínimos,desde que haja respeito pelo seu cumprimento,nomeadamente com forças de segurança que permitam um normal funcionamento dos transportes e desde de que haja realmente motoristas para executar estes serviços mínimos", prosseguiu o diretor-geral da associação que representa as cadeias de retalho.
Apesar de a greve ter um impacto no retalho, Gonçalo Lobo Xavier considera que este poderá ser minimizado.
"A operação, da maneira como estamos a preparar-nos permite encarar com otimismo o fornecimento normal de produtos à população em áreas geográficas onde naturalmente vão ser mais requisitadas", referiu.
Ou seja, "tendo em conta todos os planos de ação que temos vindo a preparar nas últimas semanas", será possível "conseguir minimizar os efeitos da greve e garantir o abastecimento, não nos moldes normais, mas perto de uma certa normalidade que é fundamental para o funcionamento da economia".
Sublinhou que "é necessário garantir que as forças de segurança permitam que haja condições para que os motoristas" que vão realizar os serviços mínimos "possam operar dentro do quadro da legalidade e sem perturbações", concluiu o diretor-geral da APED.
"Em dois, três dias, deixa de ser possível assegurar a sua refrigeração", explica Maria Cândida, engenheira da Associação Nacional dos Industriais de Laticínios.
Em 15 de julho foi marcada nova greve pelos sindicatos Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM), acusando a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) de não querer cumprir o acordo assinado em maio.
Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que, com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.
Também se associou à greve o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).
Greve dos motoristas: os supermercados estão em risco?
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