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Greve dos enfermeiros: Cristas diz que esquerda também apoiou paralisações sem escrutínio

09 de fevereiro de 2019 às 13:33
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Para o CDS-PP, o mais importante de tudo é garantir que se passa a uma outra fase, a da paz social que, entende, "neste momento está a escassear no nosso país".

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou este sábado que os partidos da esquerda também apoiaram no passado greves e manifestações sem qualquer preocupação de escrutínio, como acontece agora com osenfermeiros.

Cristas reagia ao anúncio de que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica, aASAE, vai investigar a origem dos fundos recolhidos pelos enfermeiros através decrowdfunding para as greves dos últimos tempos.

A lei "tem de ser estritamente cumprida, com certeza, e tem de ser verificado se a lei é ou não é cumprida", defendeu a presidente do CDS-PP, acusando a esquerda de não ter tido a mesma postura no passado.

"Em relação a questões de financiamento, durante anos, assistimos a coisas noticiadas abundantemente de apoio das câmaras mais à esquerda a numerosas manifestações e greves, apoios vários, nomeadamente transportando os manifestantes e grevistas para os locais, e aí não creio que tenha havido tanta preocupação com escrutínios", afirmou.

Suspeitas na origem de crowdfunding da greve dos enfermeiros levam ASAE a investigar

Como a resposta à questão de quem está a financiar a greve dos enfermeiros, que se tem prolongado em várias iniciativas no ano passado e em 2019, continua sem uma resposta oficial, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou que irá investigar o fundo solidário que já contribuiu com 784 mil euros usados para financiar as greves.

Como a resposta à questão de quem está a financiar a greve dos enfermeiros, que se tem prolongado em várias iniciativas no ano passado e em 2019, continua sem uma resposta oficial, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou que irá investigar o fundo solidário que já contribuiu com 784 mil euros usados para financiar as greves.

"Daí termos lançado o nosso apelo aoPresidente da Repúblicaque certamente encontrará o melhor momento e a melhor forma de o fazer para ajudar a moderar um conflito que deixa mal os utentes, os doentes, quem precisa de recorrer ao hospital", reiterou.

Assunção Cristasfalava na Feira do Fumeiro, em Vinhais, no distrito de Bragança, o certame mais antigo do género no país, que há 39 anos promove os produtos de excelência desta zona, os enchidos, que são também dos mais caros a nível nacional e gozam de proteção comunitária.

A presidente do CDS-PP estava acompanhada pelo deputado europeu Nuno Melo, candidato de novo ao Parlamento Europeu pelo partido.

Já em campanha, como admitiu, com esta visita quis sublinhar que o deputado é o "que mais defende os produtos portugueses em Bruxelas, com uma iniciativa anual, onde leva produtores de todo o país".

Questionada ainda sobre o congresso do novo partido, a Aliança, em Évora, a Assunção Cristas disse que o CDS-PP só tem um adversário.

"O Partido Socialista e as esquerdas unidas, aí é que está o nosso adversário político e são esses que nós queremos combater e construir uma verdadeira alternativa, também para valorizar a agricultura", declarou.

A líder do CDS voltou a acusar oGovernode desprezar "o setor agrícola, o produto agroalimentar" e de "não pôr os fundos a correr e a financiar os projetos como acontecia noutro tempo".

"Lamento muito, por exemplo que hoje vamos olhar para os fundos europeus, para ajudar ao investimento neste setor e verificamos que apenas estão executados em 30% na parte do apoio ao investimento. É muito pouco para um programa que já está no final", considerou.

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